madeira news

Feb 24, 2021 - 2 minute read

Paulo Neves pede coordenação global

As desigualdades na distribuição das vacinas contra a covid-19, a retoma da economia pós-pandemia e a importância de todos os países do mundo estarem neste momento coordenados foram os principais assuntos levados ontem a debate no primeiro dia do X Encontro do Triângulo Estratégico América Latina-Europa-Africa, um evento organizado pelo IPDAL - Instituto para a Promoção da América, Latina e Caraíbas e que este ano decorreu online. De acordo com o seu presidente, o também deputado madeirense na Assembleia da República, Paulo Neves, neste encontro usaram da palavra diversos intervenientes, entre os quais o presidente de Cabo Verde que aproveitou a ocasião para falar do atraso da vacinação em alguns países, salientando que há 130 países, na maioria africanos, que ainda não receberam quaisquer vacinas.

Outro dos pontos trazidos para este encontro foi a recuperação económica pós covid. Contando com a presença de alguns dos maiores bancos do mundo, Paulo Neves revelou ao nosso jornal que foi deixada a garantia de que haverá dinheiro para emprestar e para a própria economia se desenvolver. O facto desta crise pandémica ter criado em dez meses um retrocesso de dez anos, é um dado para si muito preocupante e que lança desafios globais muito grandes.

A fechar este primeiro dia, o presidente do IPDAL disse que deixou a mensagem de que é preciso “todos os países do mundo estarem coordenados”, destacando que “não valerá a pena os países ricos estarem vacinados e os países pobres não”. A questão da covid, afirmou, “só estará resolvida se estivermos todos vacinados”, até porque, salientou, “enquanto isso continuar nós não conseguimos controlar a pandemia”.

De salientar que este encontro, que já vai na sua 10.ª edição, termina hoje, novamente com várias intervenções, a destacar a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.

Para Paulo Neves, Portugal continua a ser o “sítio certo” para este tipo de discussão, não só porque é um país euro-atlântico, mas também porque tem uma região, a Madeira, que acaba por ser “fundamental nesta triangulação atlântica entre a Europa, a América Latina e África”.