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Mar 24, 2021 - 2 minute read

'Ondas Calmas' diz que profissionalização dos nadadores -salvadores está a ser negligenciada

A ‘Ondas Calmas’, certificada pelo Instituto de Socorros a Náufragos, para atividades de prestação de serviços de assistência a banhistas, através de nadadores salvadores, é de opinião que a Região foi fortemente penalizada pela aplicação generlizada da suspensão dos exames específicos de aptidão técnica e pela não composição dos júris do exame com recurso a profissionais sediados na Madeira. No entender de Paulo Falé, CEPO da ‘Ondas Calmas’, a valorização profissional do nadador salvador carece, urgentemente, de uma discussão séria e comprometida, realizada por profissionais com conhecimento técnico e profundo e salvaguardando os princípios da legalidade. Esta opinião surge na semana em que a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira debateu o projeto de resolyção de recomendação da retoma das atividades de certificação de nadadores-salvadores por parte do Instituto de Socorros a Núafragos.-

“A integração na agenda de trabalhos, de temas relacionados com as dificuldades, no que respeita à profissionalização do nadador-salvador, é uma demostração de interesse no processo de resolução dos constrangimentos associados à valorização de uma profissão com impacto na segurança, defesa e proteção da vida e do bem-estar”, diz Paulo Falé. 

“Embora seja importante reconhecer o interesse na resolução dos problemas dos nadadores-salvadores da Região Autónoma da Madeira, não deixa de ser igualmente importante constatar, que a escassez de conhecimentos do enquadramento legal da profissão, condicionam a oportunidade de soluções, com vista ao benefício dos profissionais e da Região Autónoma da Madeira”, adianta ao JM. A celeridade de congratulações é, no seu entender, um exemplo claro da falta de conhecimentos e da importância da existência de uma equipa técnica que acompanhe o estudo de medidas de adaptação necessárias para a salvaguarda dos interesses da Região. A recomendação da retoma das atividades de certificação de Nadadores-Salvadores por parte do Instituto de Socorros a Náufragos é de elevada importância, conforme sublinha e foi antecipadamente comunicada, dados os constrangimentos que causam para a Região, a inexistência de formação de nadadores-salvadores durante dois anos consecutivos.

“Já anteriormente expressamos a preocupação com a insuficiência de nadadores-salvadores e voltamos a reiterar a mesma. Como compreendemos a dificuldade na perceção da magnitude do problema, disponibilizamos recursos para aferir a diferença entre o número de nadadores-salvadores certificados e o quantitativo de profissionais disponíveis para exercício de funções, números estes que são recorrentemente confundidos e que servem de argumento para a justificação de que existem nadadores-salvadores suficientes. Será importante começar a apresentar o número de profissionais disponíveis no mercado e não o quantitativo de certificações”, realça.