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Mar 31, 2021 - 2 minute read

Olavo Câmara defende valorização da agricultura para garantir a sustentabilidade ambiental e combater a desertificação

O deputado do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República Olavo Câmara defendeu, ontem, “uma maior aposta e valorização da agricultura, de forma a garantir a sustentabilidade e defesa do ambiente e, simultaneamente, combater o despovoamento das zonas rurais”, refere comunicado do PS enviado à redação. Na audição ao ministro do Ambiente e Ação Climática, na Comissão de Agricultura e Mar, o parlamentar madeirense considerou que é preciso manter e defender a humanização da paisagem do país, dos campos, do interior e das ilhas, afirmando ser necessária a defesa dos agricultores e “não continuar a diabolizar aqueles que são e sempre foram os verdadeiros ambientalistas e defensores da natureza”.

Olavo Câmara deu conta que as questões ambientais e da sustentabilidade são uma luta de todos e que tal “não pode ser confundido nem feito com um ataque permanente à agricultura e aos agricultores”. “A defesa da natureza, da vida selvagem e da sustentabilidade não tem de ser uma guerra contra a ação humana. Pelo contrário, é preciso envolver mais pessoas nos campos e nas serras, precisamente para continuarmos a ter o campo trabalhado, as serras limpas e os ecossistemas protegidos e não um interior abandonado”, sustentou.

É por isso que defendeu que deve haver uma vivência colaborativa, complementar, sem abusos, sustentável e uma “simbiose entre o homem e a terra”, no sentido de esta continuar a ser o sustento e mais-valia económica suficiente para assegurar a manutenção e proteção dos campos e das serras.

No entender de Olavo Câmara, são precisas mais pessoas nas zonas rurais, precisamente para proteger o ambiente e a natureza. A propósito, lembrou o exemplo da proibição do pastoreio nas serras da Madeira, que, passados vários anos, continua a não ter os efeitos pretendidos, verificando-se um aumento das plantas infestantes e do risco de incêndios.

“Quanto mais rápido percebermos que precisamos dos agricultores, dos pastores e dos silvicultores, mais depressa teremos medidas efetivas, eficazes e capazes de combater aqueles que são dos maiores flagelos do nosso país: a desertificação do interior e das ilhas, grandes incêndios florestais, grande dependência do exterior ou falta de capacidade produtiva”, frisou.

O jovem deputado considerou ainda importante alocar verbas do Plano de Recuperação e Resiliência para a proteção da floresta, para a agricultura e para a manutenção da sustentabilidade ambiental.