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Feb 10, 2021 - 2 minute read

Olavo Câmara apela ao reconhecimento profissional dos médicos luso-venezuelanos

O deputado do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República Olavo Câmara alertou, hoje, para a necessidade de ser agilizado o processo de reconhecimento profissional dos médicos formados no estrangeiro a residir em Portugal, particularmente os luso-venezuelanos. Depois de, na passada semana, ter já abordado o assunto publicamente, o parlamentar socialista voltou esta manhã ao tema, questionando a ministra da Saúde sobre esta matéria. Aquando da audição a Marta Temido, na Assembleia da República, Olavo Câmara destacou que o reforço dos recursos humanos na saúde tem sido fundamental para responder da melhor forma à pandemia e às necessidades do Sistema Nacional Saúde. “A contratação de novos médicos, de enfermeiros e de outros profissionais de saúde ao longo do último ano é demonstrativa da forma como o Governo tem respondido à pandemia, colocando todos os meios disponíveis no Serviço Nacional de Saúde”, disse o deputado, acrescentando que tal deve ser valorizado.

Olavo Câmara enalteceu o facto de o Governo ter decidido “chamar os médicos formados no estrangeiro para esta luta”, dando conta que há muitos em Portugal disponíveis para este combate. Contudo, disse que a Ordem dos Médicos “continua a obstaculizar” esta pretensão do Executivo e de todos estes profissionais, que “continuam dependentes de um processo de equivalências que é desadequado em tempos ditos normais, pelo tempo e burocracia envolvidos”, e “muito menos agora, em situação de emergência, que exige respostas urgentes”.

Enquanto eleito pela Madeira, o jovem deputado disse acompanhar de perto “muitos casos de médicos luso-venezuelanos formados no estrangeiro e que esperam anos pelo reconhecimento do exercício da sua profissão”, os quais fazem falta ao Serviço Regional de Saúde.  “Caímos no ridículo de estes profissionais serem reconhecidos para o exercício da profissão em Espanha e em Portugal não, pelo que é importante a Ordem dos Médicos e o Governo simplificarem e agilizarem todo este processo, não só para o imediato, mas também para o futuro”, sustentou.

“Não podemos aceitar que o país se veja privado do possível contributo destes profissionais, que poderiam estar na linha da frente, nos Serviços Nacional e Regional de Saúde, a ajudar a combater a pandemia”, advertiu.