madeira news

Mar 14, 2021 - 2 minute read

“Nem todos são sem-abrigo”. Anualmente centenas pedem ajuda

A APP, com sede na Rua do Frigorífico, no Funchal, estima que, em 2020, tenham sido ajudadas cerca de 700 pessoas, 
460 das quais já estavam inscritas e avaliadas pelos técnicos da associação. A principal missão da APP é “apoiar os grupos mais carenciados e desprotegidos, ao nível da satisfação das necessidades básicas, de alimentação, saúde, higiene, vestuário e ocupação”, ajudando “na mudança de hábitos de vida através de projetos individuais de intervenção adaptados a cada realidade e promovendo a integração profissional, habitacional e ou familiar”. A promoção de “atividades internas e externas capazes de desenvolver competências pessoais e sociais na população alvo, visando a inclusão social”, bem como “o acompanhamento de continuidade em projetos individuais de integração social ativo”, são outros dos desafios aos quais a associação se propõe.Todos os anos, à volta de 100 pessoas entram pela primeira vez na Associação Protetora dos Pobres (APP), vulgarmente conhecida como a “Sopa do Cardoso”, para pedir apoio.Em 2019, foram à volta de 400 as que foram de forma regular à instituição, mas houve muitas outras (cerca de 200), que não foram tão regularmente e nem estavam inscritas.Estrangeiros e luso-descendentes Para além de madeirenses, também entram na lista dos amparados pela APP estrangeiros que, por razões de diversa ordem acabam por ficar a viver na Região, mas também alguns luso-descendentes, vindos da Venezuela. Apesar de, quem ali chega, chegar numa “situação-limite”, Roberto Aguiar recorda que nem sempre se adapta ao ambiente da instituição, sobretudo em contexto de refeitório e acaba por deixar de a frequentar.Muitos já estavam nas ruasDesde o confinamento e depois com o recolher obrigatório, parece que as ruas do Funchal se encheram, de repente, de sem-abrigo e toxicodependentes.O também sociólogo desmistifica esta ideia - de que foi a pandemia que os trouxe para a rua – e garante que a maioria já lá estava. O que acontecia, esclarece, “é que aquelas pessoas estavam diluídas pela multidão”.