Foram encontradas na passada sexta-feira, na Calheta, ossadas que se presumem ser humanas. Segundo apurou o JM, as ossadas foram encontradas num terreno por um popular, entre a zona da Raposeira e a Maloeira, no sítio do Ribeirinho. O alerta foi dado por José Carlos, um residente na freguesia da Fajã da Ovelha, que, assustado perante o achado macabro, alertou de imediato as autoridades. O descobrimento do esqueleto foi confirmado ao JM por Ricardo Tecedeiro, coordenador da Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, sendo que todo o processo de investigação e averiguação está a ser coordenado por esta força policial. Ricardo Tecedeiro revelou ao Jornal “que esteve no local uma equipa da PJ” e que as ossadas seguiram para o respetivo processo de estudo científico, estando a Judiciária a aguardar pelos resultados do “Gabinete de Medicina Legal para saber com certeza absoluta se as ossadas são ou não humanas", acrescentou. Todas as hipóteses estão em cima da mesa, revelou Ricardo Tecedeiro, já que ainda “não 
se sabe se as ossadas são humanas, mas, pelo que foi dado a observar pelas equipas dos inspetores da PJ, “tudo indica que sim”, confirmou. José Carlos, que faz amanhã 37 anos, ainda não acredita “no achado”. Tinha-se deslocado a um terreno, junto à ribeira, para ir buscar “o cabo de uma enxada”. Foi quando se cruzou com as ossadas no regresso a casa, revelou ao JM. Quando vinha a descer, a uns “150 metros da zona da ribeira”, num terreno, entre a Raposeira e a Maloeira, viu uma “coisa muito parecida com uma caveira”, com a “face enterrada e virada para baixo”, começa por contar. Por isso, o medo apoderou-se dele, mas, apesar de “assustado”, tinha de ir ver. Não “queria acreditar que tinha encontrado uma caveira” e, por isso, ficou ainda mais assustado. Ainda não acreditava. Aproximou-se e reparou que era mesmo “uma caveira, um crânio de um ser humano”. Amedrontado, fugiu a sete pés “para casa” e acabou por contar à família e “contactar a polícia da Calheta”, que iniciou as investigações. Depois contactaram a Polícia Florestal e a PJ e esta é que esteve no local com dois inspetores a averiguar. José Carlos revela, ainda, que um “pouco abaixo ao local onde estava a caveira, os inspetores da PJ encontraram uma perna e uma bota meio enterrada e após mais escavações conseguiram descobrir outras partes do esqueleto”. Ao JM, José Carlos revela que “muitos dos residentes” da Raposeira dizem que se trata de um esqueleto possivelmente de “um jovem que terá desaparecido há mais de vinte anos” naquele sítio, tinha o nosso interlocutor seis ou sete anos, relata. No último fim de semana não se tem falado noutra coisa, acrescenta, já que ainda se recorda “de falarem num jovem alto que tinha desaparecido naquele local” há muitos anos. Sendo “ossadas de um humano, podem ser do rapaz”, revela.