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Mar 23, 2021 - 4 minute read

Mulheres portuguesas ganham nova voz na África do Sul

A Liga da Mulher Portuguesa na África do Sul espera que Graça Fonseca, nova cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo, seja mais uma “contribuição da mulher para um mundo melhor“. A Liga da Mulher Portuguesa na África do Sul organizou um almoço para dar as boas-vindas a Graça Fonseca, que assumiu recentemente as funções de cônsul-geral de Portugal em Joanesburgo. O evento aconteceu no restaurante de Bedfordview, a noroeste da cidade de Joanesburgo e ao ar livre com um número reduzido de senhoras, para cumprimento das regras de combate à covid-19. A presidente nacional da Liga da Mulher Portuguesa da África do Sul, comendadora Manuela Rosa, começou por desejar as melhores felicidades à nova cônsul no desempenho das suas funções. Nascimento da Liga Manuela Rosa aproveitou o momento para explicar o nascimento da Liga da Mulher Portuguesa da África do Sul. “Em dezembro de 1988, um grupo de 23 mulheres portuguesas reuniu-se na cidade de Pretória com a intenção de formar uma organização feminina de carácter cultural e social - a Liga da Mulher Portuguesa da África do Sul. Desta primeira reunião foi formada uma Comissão de Planeamento e Coordenação de trabalhos que com afincado entusiasmo e amor procederam à elaboração dos estatutos que regem a organização a qual teve como lema ‘Contribuição da Mulher para um Mundo Melhor’“, descreveu. Segunda a mesma, esta foi “uma aposta para enriquecimento cultural e social da mulher portuguesa neste país de acolhimento com o firme propósito de promover a coesão das mulheres portuguesas”. Elevação da mulher A defesa dos direitos e a elevação da imagem no seio da comunidade assim como a interação com mulheres sul-africanas de todas as raças, credos e cores foi outro objetivo concretizado e bem-sucedido. Referindo-se às donas de casa, Manuela Rosa enfatizou que as donas de casa “quer queiramos quer não, transmitem-nos conhecimentos valiosos, assim como médicas, advogadas, professoras, psicólogas, artistas, empresárias, que todas em conjunto resolvemos o impossível por vezes com benevolência e angariação de fundos”. A comendadora, natural da Ilha da Madeira, aproveitou ainda para falar de um projeto que ganhou notoriedade, a criação da Universidade Sénior em língua portuguesa. “Um estímulo pessoal - devo dizer – cultural e intelectual que serviu para refrear o isolamento e o desinteresse, fomentando a esperança, o amor próprio e a confiança entre os nossos membros mais idosos”. Na África do Sul como em Portugal vive-se uma conjuntura aflitiva. A falta de trabalho e perda de emprego são sinónimo de fome e desespero para muitas famílias da comunidade. A concluir, agradeceu a presença da cônsul e chanceler e desejou-lhes muitas felicidades. Presentes neste convívio de boas-vindas estiveram as presidentes da Liga de Joanesburgo e Pretória, Mimi Jardim e Manuela Calado, respetivamente, as comendadoras Fátima Castro, Fátima Coelho e várias senhoras membros da Liga. 1988 ano de fundação desta organização feminina portuguesa de carácter cultural e social no país sul-africano. O esforço de apoiar a mulher portuguesa Graça Fonseca reagiu ao discurso da presidente da Liga da Mulher, Manuela Rosa, começando por agradecer o convite que lhe foi dirigido e à sua chanceler Adalberta Coimbra, passando a elogiar o que acabava de ouvir da atividade. “Sinto esse empenho, esse calor e amor do vosso esforço de apoio à mulher portuguesa, é uma atividade de caridade, de benemerência, de apoio à mulher, suas famílias e crianças, a célula familiar é a base de todo o bem-estar em sociedade, um trabalho muito meritório”. A cônsul já havia tomado conhecimento do trabalho destas mulheres, “mas agora e aqui mesmo, tive oportunidade de testemunhar, de ouvir na primeira pessoa através da presidente nacional da Liga toda a atividade ao longo de trinta anos”. “Sinto um grande orgulho de conhecer um grupo de mulheres tão ativas e um trabalho tão discreto, mas chegam lá e fazem logo a diferença, e isso vê-se no vosso empenho, na vossa determinação e espero aprender convosco (gargalhadas) coisas maravilhosas e assegurar que da minha parte e do Consulado estamos disponíveis para ajudar em tudo”. Antes da pandemia, o Consulado pôs à disposição uma sala nas suas instalações para que as pessoas pudessem aprender a ser mais proficientes em informática. “Essa boa colaboração vai continuar e, além dessa, outras, porque a vossa causa nós também a abraçamos. O Consulado quer ajudar a comunidade o mais possível e estamos disponíveis para continuar essa boa colaboração”, concluiu ao deixar ‘caminho’ para a aproximação entre o Consulado e esta ONG da diáspora.