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Mar 28, 2021 - 2 minute read

Mortes em Myanmar chocam sociedade mundial

Manifestações

A ONU disse, ontem, estar “chocada” com as dezenas de mortes, incluindo crianças, na repressão aos manifestantes pró-democracia, que protestavam em várias cidades de Myanmar. “Ainda não fomos capazes de confirmar esta informação de maneira independente, mas recebemos vários relatórios credíveis de muitas partes do país - pelo menos 40 locais diferentes – que relatam que unidades policiais e militares responderam a manifestações pacíficas com força letal”, disse à AFP um porta-voz da Alta Comissariada das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani. Segundo a Alta Comissária, “até agora, o número de mortos aumentou para 83-91 pessoas mortas e há centenas de feridos. Há quatro relatos de crianças que foram mortas, incluindo pelo menos um bebé”. Antes, numa declaração no seu ‘Twitter’, a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, referiu estar “chocada” com a violência e com as “prisões em massa”. Ativistas pró-democracia convocaram uma nova ronda de manifestações no “Dia do Exército”. Um gigantesco desfile militar é organizado todos os anos neste dia em frente ao chefe do exército, agora chefe da junta governante, o general Min Aung Hlaing. A violência explodiu quando as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes. Essa “violência torna o golpe ainda mais ilegítimo e agrava a culpabilidade de seus líderes”, escreveu no Twitter a porta-voz da ONU Ravina Shamdasani. Também a embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) na Birmânia, a União Europeia e a Grã-Bretanha já tinham condenado a junta militar governante por “matar civis desarmados”, num dia em que a repressão a novos protestos pró-democracia no país deixou pelo menos 91 mortos.