Direção da APAVT avisa ainda que fim do estado de emergência não significa o fim da crise.
O presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT) alertou ontem que o momento da retoma é “uma enorme armadilha” para as empresas, e su blinhou a necessidade de manter ativa a oferta turística, em especial para a Região. “Ao contrário do que se possa imaginar, o momento da retoma é uma enorme armadilha para todas as empresas portuguesas”, disse Pedro Costa Ferreira, explicando que “os custos têm um comportamento quase binário: ou não existem porque estamos em lay-off, ou regressam porque regressamos à atividade, e as receitas vão regressar lentamente". “Vamos ter problemas de tesouraria e já temos imensos problemas de recapitalização”, alertou ainda. A direção da APAVT reuniu, ao final da manhã de ontem, com a ACIF, tendo o responsável sublinhado que o trabalho será realizado em conjunto, entre as duas instituições. Segundo Pedro Costa Ferreira, as ligações entre as duas associações devem ser aproveitadas para ultrapassar os problemas que se adivinham, fruto da crise. Admitiu ainda que é possível que venha a existir um maior número de insolvências de agências de viagens do que “num ano normal”. “Portugal depende do turismo e a Madeira é a melhor montra dessa dependência, porque depende ainda mais do turismo”, considerou. “Se não mantivermos a oferta turística ativa e viva no momento da retoma, simplesmente não recuperaremos do ponto de vista macroeconómico, quer na Madeira quer em Portugal continental”. " Lá porque o estado de emergência desaparece, ninguém duvide que isto é a maior crise das nossas vidas", rematou Pedro Costa Ferreira. “É a maior crise das nossas vidas e vai levar tempo e vai envolver um grande esforço, um grande esforço de todos". A direção nacional da APAVT reúne-se esta sexta-feira, no Funchal, com a Associação de Promoção da Madeira, com o secretário regional do Turismo e Cultura e com agentes de viagens e operadores nacionais. FOTO JM