A presidência portuguesa da União Europeia (UE) vai fazer “todo o possível” para chegar a um acordo de pescas com o Reino Unido até 31 de março, sob pena de ter que se avançar com um “plano B”. “Vamos fazer todo o trabalho possível, discutir em profundidade as questões e negociá-las para que, em 31 de março, eventualmente ter uma negociação e um acordo que dê estabilidade às frotas da UE que também pescam em águas do Reino Unido”, disse o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, em declarações à entrada para um Conselho de Ministros das Pescas dos 27, a que preside.

Este é a terceira reunião do Conselho em que serão discutidas as negociações com o Reino Unido no contexto dos totais admissíveis de capturas (TAC) para as unidades populacionais partilhadas entre os dois blocos, mais de cem ‘stocks’ de peixe.

“O Conselho não vai ser fácil, uma vez que ainda há amplos desacordos, mas este plano B tem que ser acordado para 31 de julho”, no caso de não haver um acordo para março, como estava previsto.

Serrão Santos disse hoje que a presidência vai ainda “tentar acordar um plano B de contingência para a gestão dos ‘stocks’ até 31 de julho”.

No regulamente em análise, vão ser incorporados o acordo com a Noruega e ainda os decorrentes dos conselhos regionais de pescas, adiantou o ministro.

Os ministros das Pescas dos 27 estão reunidos hoje e terça-feira para debater as negociações sobre o acordo dos TAC dos ‘stocks’ partilhados com o Reino Unido, sendo que, segundo fonte europeia, a proposta de acordo avançada pela Comissão Europeia – mandatada para negociar com Londres - é contestada por vários Estados-membros.