Decorre amanhã e quarta-feira a ‘Conferência do Porto Santo – Da democratização à democracia cultural: repensar instituições e práticas’, que conta com a presença da ministra da Cultura. Graça Fonseca é esperada hoje, na ilha dourada, para presidir ao evento que tem início às 10 horas. A governante vai chegar à tarde a bordo do avião da Binter, soube o JM. A iniciativa, realizada por ocasião da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, a convite do Ministério da Cultura e em colaboração com o Governo Regional da Madeira e da Associação de Promoção da Madeira, o Plano Nacional das Artes, em articulação com o GEPAC, “será a ocasião para debater o significado, hoje, de “democracia cultural”, e para transformar a periferia insular num centro de reflexão e de irradiação de políticas culturais para a Europa”.
Na sessão de abertura, e para além da ministra da Cultura, vão intervir Paulo Pires do Vale, comissário do Plano Nacional das Artes, Idalino Vasconcelos, presidente da autarquia, o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque e ainda Adrienn Kiraly, do Gabinete da comissária europeia Marya Gabriel, responsável pela Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude. O ministro da Educação Tiago Brandão Rodrigues será também ouvido.
Refira-se ainda que a conferência, que terá um formato híbrido (presencial e digital), contará com a presença de responsáveis políticos nacionais e europeus, das áreas da Cultura e da Educação; com dois dos filósofos mais influentes do nosso tempo, Jacques Rancière e Chantal Mouffe; com a especialista na relação entre as artes e a educação, Maria Acaso; com personalidades de referência na reflexão sobre as instituições culturais pós-colonialistas e inclusivas, Wayne Modest e Maria Lind; com oradores reconhecidos pela experiência na relação entre as artes, o património e os territórios digitais; com a apresentação e reflexão sobre a prática ”artivista” da artista cubana Tânia Bruguera e de outros projetos artísticos que nos ajudam a pensar a relação entre a arte e a comunidade.
Um dos momentos importantes deste encontro internacional será a apresentação da “Carta de Porto Santo”, um documento orientador, com princípios e recomendações que promovam uma cidadania cultural plena, e que resulta de um processo participativo, a decorrer desde o início de março, recolhendo os contributos de encontros com representantes dos Estados Membros da UE e de redes e organizações artísticas e culturais não-governamentais europeias. “Deste modo, é um documento em que o conteúdo e o processo formal da sua construção estão em sintonia: democracia cultural”, refere a nota de imprensa.