madeira news

May 1, 2021 - 2 minute read

Miguel Silva Gouveia apela à defesa do interesse da cidade sobre agendas pessoais e corporativas

O Funchal cumpriu hoje uma data histórica, com a comemoração dos 500 anos do Voto da Cidade a São Tiago Menor, sendo celebrada, tal como é tradição, uma Missa na Sé Catedral em honra do Santo Padroeiro, presidida pelo Bispo do Funchal, D. Nuno Brás, e que contou com a presença do Executivo Municipal. Na cerimónia, o presidente Miguel Silva Gouveia entregou ao Santo a chave da cidade e o Executivo depôs as varas da Vereação em sua honra, numa celebração especialmente simbólica durante uma pandemia global, uma vez que a homenagem que o Município presta ao Santo remonta a 1521 e invoca a proteção dos funchalenses justamente durante uma crise de saúde pública. Perante o ciclo da peste que então afetava a cidade, as autoridades camarárias da época entregaram a guarda da saúde dos habitantes a São Tiago Menor.

Miguel Silva Gouveia considerou hoje que “a renovação do voto da cidade a São Tiago Menor é, neste momento, um grande sinal de esperança para os funchalenses, numa altura em que começamos a colher os frutos do respeito e da responsabilidade que a nossa comunidade demonstrou ao longo do último ano, pelas regras impostas pelas autoridade de saúde, perante a crise sanitária.”

“Este é um dia que assinala um virar de página, olhando com confiança para a retoma das atividades económicas, para a retoma da normalidade e, acima de tudo, para a consolidação do bem-estar social dos funchalenses, sustentada na saúde e na vitalidade que notabilizam a nossa cidade.”

O autarca referiu que “há 500 anos, São Tiago Menor foi uma referência e uma forma da cidade do Funchal, dos funchalenses e dos governantes da altura saberem colocar de lado agendas pessoais, corporativas e económicas, e relevarem o interesse maior da cidade do Funchal, o que ficou representado na forma como se delegou ao Santo a responsabilidade de nos proteger de pestes.”

“Hoje em dia, 500 anos volvidos, cabe-nos refundar esse espírito de privilegiar sempre o interesse público, deixando novamente para segundo plano ambições pessoais ou partidárias, porque, acima de tudo, o que tem de focar quem gere a cidade do Funchal, é o superior interesse das populações que servimos, de modo a que possamos, por um lado, criar condições para ter prosperidade e uma economia dinâmica e, por outro, garantir uma rede de amparo social, que assegure a todos os funchalenses condições de vida dignas.”