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Feb 23, 2021 - 3 minute read

Mandato mais difícil em 20 anos

Adolfo Freitas volta a candidatar-se para mais quatro anos à frente do Sindicato de Hotelaria da Madeira. As eleições estão agendadas para o próximo dia 25 de março e volta a ser apenas uma lista única, encabeçada pelo homem que, há já 20 anos coordena o sindicato dos trabalhadores do principal setor económico da Região.

Ao JM, Adolfo Freitas explicou que o programa de ação para os próximos quatro anos não passa por “matérias novas”, mas sim “pelas velhas reivindicações do costume”, nomeadamente “o aumento dos salários, defesa da contratação coletiva, pela redução do horário de trabalho para as 35 horas, pelos 25 dias de férias e gozo de dias de descanso semanal para todos os trabalhadores”.

Além disso, revelou que, apesar de todos estes temas serem importantes, o que vai estar na “linha da frente” será a defesa do emprego e direito ao posto de trabalho.

Ciente de que terá um dos mandatos mais difíceis “pós 25 de abril” da história deste sindicato, Adolfo Freitas disse não ter dúvidas que vivemos uma situação “muito preocupante e grave”, em todo o mundo e também com consequências para Portugal e para a nossa Região.

“Representamos um setor que é o principal da economia da Região e que tem sofrido as consequências com a ausência de turismo”, afirmou, denunciando que tem também havido, por parte de algumas entidades patronais, a destruição “abusiva” de postos de trabalho, apesar de terem recebido apoios quer do Governo Regional, quer do Governo da República.

Adolfo Freitas disse que os trabalhadores são aqueles que mais lutam dentro das empresas e pela estabilidade das mesmas, como são também os responsáveis pela riqueza que as empresas geram. “A grande maioria dos empresários nem reconhece o valor dos trabalhadores que têm feito da Madeira um destino de qualidade”, denunciou.

Forma como vai decorrer ato eleitoral está a ser analisada

Ao contrário do acontecia nos anos anteriores e em que as eleições eram levadas às empresas, este ano, por causa da situação pandémica, a direção do Sindicato de Hotelaria da Madeira está a ponderar se vai fazer o que sempre fez ou, se vai restringir à sede e à delegação do Porto Santo, o respetivo ato eleitoral. Adolfo Freitas disse que, neste momento, está tudo em aberto, até porque, “estamos a cerca de um mês das eleições”. O ideal, admite, seria levar as eleições até às empresas, mas, se não for possível, “faremos na sede e lançaremos um apelo aos trabalhadores para virem votar”. É que, concluiu, “apesar de ser uma lista única, precisamos do apoio de todos os trabalhadores”.