Segundo os dados divulgados hoje pela PSP, em 2020, foram apresentadas mais de 2.000 queixas sobre violência no namoro, o que representou uma diminuição de 5% face às queixas recebidas em 2019. A maior parte destas denúncias foram de ex-namorados, que totalizou 1.116 das queixas. Já 860 foram relativas a lações de namoro ainda em curso, “transversais a todas as faixas etárias”.

Face aos números, a PSP diz constatar ter havido um decréscimo de cerca de 5% das denúncias, em comparação com o ano de 2019, anos em que registou 2.100 denúncias.

“Estamos em crer que para este decréscimo contribui também o trabalho de proatividade da PSP, nomeadamente através das ações de sensibilização junto da comunidade escolar”, afirma a PSP em comunicado, concluindo que, apesar da diminuição no número de ações no último ano letivo, devido à pandemia e ao ensino ‘online’, “a PSP conseguiu passar a mensagem” sobre esta problemática.

“A replicação desse comportamento em qualquer vínculo afetivo e, em concreto, nas relações de namoro, são um indício da necessidade de intervenção especializada”, apontou, lembrando que a violência não é tolerável, nem desculpável, e “quem agride precisa de ser ajudado”.

A violência nas relações de namoro pode ser física, psicológica ou emocional, social, sexual e económica, e injuriar, ameaçar, ofender, agredir, humilhar, perseguir ou devassar a intimidade são formas dessa violência.

“Cerca de 85% dos relatos de violência no namoro apresentados à PSP em 2020 envolvem violência psicológica”, adianta, concluindo que a violência física está presente em 70% das denúncias e que, aproximadamente 50% desses casos, ocorrem no interior das residências, e apenas 27% na via pública.

Durante o ano letivo de 2019/2020, no âmbito do Programa Escola Segura, a PSP diz ter feito 1.346 ações de sensibilização sobre o tema, envolvendo 28.573 alunos a nível nacional.