Este ano já morreram mais 78 pessoas na Região Autónoma da Madeira do que em igual período do ano passado, o que corresponde a um aumento da mortalidade de 15,9%. De acordo com o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito da Direcção-Geral da Saúde (DGS), que faz uma atualização permanente dos óbitos no país, até ontem tinham morrido no arquipélago 492 pessoas, enquanto que no período homólogo de 2020 o número tinha ficado pelas 414 mortes.

Os dados mostram ainda que janeiro de 2021 foi o que registou a maior mortalidade dos últimos seis anos, sendo preciso recuar a 2014 para encontrar um início de ano com mais óbitos. Morreram 313 pessoas no primeiro mês deste ano, um número bem superior aos 246 óbitos do ano passado, mas abaixo dos 320 detetados em 2014.

Por outro lado, os primeiros 20 dias de fevereiro indicam já um valor mais próximo da mediana, tendo apenas registado mais 10 óbitos do que no mesmo período do ano passado e cinco do que em 2019. Em fevereiro já não é preciso recuar tanto como em janeiro para encontrar um arranque com mais mortes. Logo em 2018 morreram mais pessoas (218).

Comparando os dados absolutos do Sistema de Informação dos Certificados de Óbito da DGS com as mortes registadas por covid-19, percebe-se que a nova pandemia não será diretamente responsável por todo o acréscimo de óbitos.

Desde 1 de janeiro até ontem, morreram na Região 49 pessoas devido ao vírus SARS-CoV-2, um número abaixo dos 78 óbitos a mais registados nestes primeiros 51 dias do ano. Dito de outra forma, sem contabilizar as mortes por covid-19, faleceram este ano mais 29 pessoas do que no ano passado.

Não obstante, e tal como no resto do território nacional, a Madeira registou um arranque de ano exigente, com o aumento de novos casos, de internamentos e de mortes. De facto, 2021 já foi responsável por 77,8% dos óbitos no arquipélago por covid-19 desde o início da pandemia.