A APEI Benelux (Associação Portuguesa de Estudantes, Investigadores e Graduados na Bélgica, Holanda e Luxemburgo) realiza no próximo dia 10 de março uma sessão virtual destinada a jovens portugueses da Escola Europeia, em Bruxelas, na qual participa, como oradora, a madeirense Patrícia Gouveia, formada em jornalismo e comunicação, atualmente a trabalhar na capital da Bélgica. A iniciativa – intitulada Navegação – tem por objetivo proporcionar a filhos de funcionários portugueses que trabalham nas instituições europeias informação diversificada sobre o ensino superior em Portugal, a pensar na possibilidade de quererem voltar ao país de origem para prosseguirem os estudos superiores. Mas não é só. Através dos oradores convidados, vão ficar a saber que a partir de Portugal, e graças à integração na União Europeia, poderão partir para o resto do mundo consoante as qualificações que venham a obter. A APEI Benelux (que tem na sua génese, como cofundador, o madeirense Danilo Jesus, investigador nos Países Baixos), proporciona um trabalho em rede entre investigadores que trabalham nos países do Benelux (Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo), exercendo assim o que Mariana Brandão, da direção, diz ser uma espécie de “diplomacia científica”.Especialista em medicina oncológica, no Instituto Jules Bordet, Mariana Brandão acompanhou a edição do ano passado, em que participaram 35 jovens, do 10.º, 11.º e 12.º anos, realizada em modo presencial, pouco antes da pandemia. Dessa sessão, destaca o interesse manifestado pelos estudantes perante os testemunhos que ouviram e espera que o mesmo venha a suceder este ano, mesmo em videoconferência, a avaliar pelos percursos dos oradores que vão interagir com os jovens.União em modo virtualPatrícia Gouveia vai passar aos jovens a experiência de quando foi estudante de jornalismo (primeiro na ESEC - Escola Superior de Educação de Coimbra e depois na Universidade de Lisboa), vai falar-lhes dos tempos em que exerceu jornalismo e do percurso profissional que tem feito em Bruxelas, na área da comunicação, nomeadamente na Fuels Europe. “É natural que tenham muitas dúvidas e questões em relação à formação e mercado de trabalho em Portugal, Bélgica ou outro país. Apesar de não ser a nacionalidade mais abundante, em termos de emigração em Bruxelas, o que é certo é que os portugueses tendem a manter-se unidos quando estão longe de casa. É essa mensagem que esta iniciativa também pretende passar. Mesmo em tempos de covid, em que o mundo é mais online, a comunidade portuguesa na Benelux está pronta para ajudar, seja em que formato for”, sublinha.Patrícia Gouveia lembra que também um dia esteve no lugar destes jovens e viveu momentos de dúvida e de ansiedade perante o futuro profissional. “São mais responsabilidades e isso gera um nervoso miudinho. Espero que nós – os oradores convidados – consigamos amenizá-lo”, diz ao JM.Tiago Malaquias (investigador formado em Engenharia Biomédica, doutorado na Bélgica), Hélio Silva (engenheiro civil formado no Porto), Joana Brás Nunes (formada na área da Biologia e da investigação médica, em Coimbra e no Porto) e João Pinto (formado em Relações Internacionais em Coimbra e no Minho) são os outros oradores da sessão que se realizada entre as 15h30 e as 17h00.