O vice-presidente do Governo Regional iniciou há pouco a apresentação do Programa de Recuperação e Resiliência, na parte relativa à Região Autónoma da Madeira. Um tema a que o JM tem vindo a dedicar particular atenção nos últimos cinco meses. Na apresentação que decorre no Salão Nobre do Governo Regional, o vice-presidente Pedro Calado voltou a enfatizar a discriminação negativa feita pelo governo central na distribuição das verbas para a recuperação, quando o impacto da covid-19 na Madeira se fez sentir de forma mais acentuada: menos 20% do PIB em 2020 (-7,6% em Portugal), maior taxa de desemprego (7,9% na Madeira e 7,2% no país), quebras acentuadas no Turismo (-68,1% nos proveitos globais, -64,2% nos hóspedes, -66,1% nas dormidas), redução de 21,9% na faturação das empresas da Madeira (-14,8% no país) e quebra nas receitas fiscais (-10,1% na Madeira, o equivalente a 96 milhões de euros).

Apesar do retrato extremamente penalizador, o Governo da República atribuiu mais 67,5 milhões de euros aos Açores, em comparação com a Madeira, no conjunto do Instrumento de Recuperação e Resiliência (IRR) e dos programas nacionais (REACT-EU).