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Apr 3, 2021 - 2 minute read

Lixo acumulado dois meses é mais uma hipótese para o mosquedo

As moscas grandes e pretas, que algumas pessoas dizem ser uma praga, continuam a dar que falar no Porto Santo porque, efetivamente, elas estão por todo o lado. Podem ter vida curta, mas, enquanto cá andam, vão se reproduzindo e reaparecendo em força conforme os dias aquecem. Ontem, o secretário regional da Saúde e da Proteção Civil recusou comentar a situação com os jornalistas, dizendo que se trata de um assunto do foro do Ambiente e que só falaria sobre a vacinação. Para além das duas hipóteses levantadas por populares ouvidos pelo Jornal, a primeira por causa das centenas de coelhos que morreram devido a uma doença hemorrágica viral e uma outra no sentido de que poderão ter migrado à ‘boleia’ das poeiras do Norte de África, juntam-se outras. Enquanto o Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza (IFCN) estuda o que se está a passar, porto-santenses, uns com mais conhecimentos acerca dos fenómenos da natureza e outros sustentadas na experiência da vida, vão lançando hipóteses e descortinando situações que poderão estar na origem do mosquedo. Segundo uma fonte ouvida pelo JM, o facto do navio Lobo Marinho ter estado parado durante dois meses, terá feito com que o lixo, que costuma ser despachado para a Madeira na embarcação, tenha permanecido esse tempo todo em terra, no Centro de Processamento de Resíduos Sólidos da Águas e Resíduos da Madeira (ARM), dando origem à proliferação das moscas. O inverno chuvoso e a densa floração, patente nas serras da ilha, é outra hipótese levantada para o surgimento dos insetos. Em jeito de conclusão, há quem diga que “poderá ser um somatório destas situações todas”. Certo é que há da parte dos comerciantes, especialmente de restauração, a preocupação de manterem os alimentos protegidos de moscas e há quem nos diga que tem o estabelecimento livre de insetos. O JM contactou ontem à tarde o responsável pela ARM, Amílcar Gonçalves, mas não obtivemos o retorno da chamada em tempo útil. A verdade é que as moscas existem, são pretas, grandes e em grande número. FOTOJM