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Mar 26, 2021 - 3 minute read

JPP vai a votos sozinho em sete municípios

Élvio Sousa, secretário-geral do JPP, divulgou ontem, ao JM, os sete municípios onde o seu partido apresentará candidatura nas próximas eleições autárquicas 2021. Assim, o Juntos pelo Povo pretende expandir a sua atuação ao nível autárquico, baseando a sua candidatura a sete municípios da Região, a saber: Funchal, Santa Cruz, Machico, Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Ponta do Sol e Porto Santo. Esta é uma decisão que decorre da homologação da Comissão Política Nacional e que, segundo Élvio Sousa, foi alvo de uma “decisão discutida e que pretende estender e aprofundar com tranquilidade a expansão do JPP ao nível municipal”. Não havendo ainda confirmação oficial para São Vicente e Santana, o JPP exclui, para já, a sua candidatura direta ao Porto Moniz e Calheta. O processo, segundo o partido, visa fortalecer as suas raízes que, recorde-se, surgiram em 2009, pelo Grupo de Cidadãos que destronou a maioria PS na Câmara de Santa Cruz, vindo a conquistar todos os órgãos autárquicos do concelho nas eleições seguintes e a reforçar este posicionamento em 2017. Élvio Sousa recorda as eleições de 2017, onde o JPP elegeu deputados municipais em Machico, Funchal e Ribeira Brava, reforçando a necessidade de disseminar este “espírito herdeiro do poder local, com uma forte participação de homens e de mulheres sem vícios político-partidários e com uma crescente intervenção da cidadania participativa”. Ao nível das candidaturas, será em abril que o partido avançará com a apresentação pública dos nomes, após ouvidas as coordenações políticas municipais, “muito provavelmente ao ritmo de duas por mês”. O partido reforça que irá concorrer sozinho no Funchal, contando para isso com o trabalho de diversos cidadãos de “reconhecida credibilidade, capacidade, honestidade, motivação e idoneidade, características que o JPP considera essenciais para qualquer titular de cargos políticos”. Aqui, sabe o JM que os militantes irão escolher entre Patrícia Spínola, a líder da concelhia, e Bruno Berenguer, enfermeiro. O secretário-geral do JPP refere ainda que o trabalho do partido tem sido “confrontado com uma situação muito comum ao nível regional, que tem a ver com a bipartidarização, consequência de uma campanha permanente também alimentada pela comunicação social de que só existem dois partidos para disputar eleições”. Neste aspeto, Élvio Sousa apresenta o que entende ser uma “alternativa de mudança”, dando o exemplo do trabalho que tem sido a marca de Santa Cruz, onde, lembrou, o JPP fez o impensável: “Salvámos o município da falência. E agora garantimos uma saúde financeira que nos permite investir, crescer, sem nunca esquecer o Povo e sem nunca deixar cair a nossa matriz social. É um trabalho árduo, mas que todos os dias dá os seus frutos”.
Neste sentido, refere que o modelo tem de ser transposto para os concelhos agora governados por PSD e PS: “é um passo de cada vez, com tranquilidade, sem necessidade de dar nas vistas, com eficácia e sem pressão externa”. O objetivo é procurar as escolhas mais acertadas das comunidades locais, garantindo “a manutenção da génese da proximidade entre candidatos e eleitores, que nos caracteriza, em cada concelho e em cada Junta. O caminho faz-se caminhando”.