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May 7, 2021 - 3 minute read

JP Madeira defende mais produção familiar de energia renovável

 A JP – Juventude Popular da Madeira reuniu-se com a ACIF – Associação Comercial e Industrial do Funchal para conhecer melhor a realidade e execução do SMILE, um projeto internacional que pretende encontrar novas e eficazes soluções para a produção de energia solar em diferentes segmentos. A este respeito, a JP Madeira acredita que “a produção familiar de energia renovável será crucial para reduzir a percentagem de energia produzia através de combustíveis fosseis na Madeira e para atingir as marcas mais próximas dos 100% de produção de energia renovável na Madeira no longo prazo”.

Marco António Teles, porta-voz desta estrutura de juventude nesta iniciativa, afirmou que “os grandes projectos de energias renováveis serão importantes para este primeiro impulso de transformação para as energias limpas, mas para chegarmos a quotas mais altas de energia limpa no total da energia consumida será crucial a produção familiar e particular.” O mesmo reforça esta ideia devido ao facto de que “até por uma questão de planeamento urbanístico e gestão de território, a produção familiar e particular permite reduzir drasticamente a pressão sobre a área a utilizar para a produção de energia, pois permite aproveitar áreas que já estão construídas e que não têm aproveitamento directo como os telhados.”

Nesse sentido, a JP Madeira saúda a recente alteração legislativa que já permite a venda do excedente de produção de determinada família à rede. “Durante vários anos a Madeira foi a única região do país onde isso não era possível. Agora já são conhecidas as condições que as famílias ou particulares têm de assegurar para que possam vender esse excedente e esse facto é de extrema importância para tornar os investimentos na aquisição de painéis fotovoltaicos. Desta forma é possível assegurar a qualidade e estabilidade da rede regional de energia ao mesmo tempo que promovemos os investimentos necessários por parte das famílias para reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis” defendeu Pedro Pereira, presidente da JP Madeira.

Por fim, a JP Madeira defendeu ainda a necessidade de haver estabilidade fiscal também nesta área.

“Não é aceitável que constantemente se altere os benefícios fiscais atribuídos a este tipo de investimento. Quem planeia um investimento faz as suas contas e toma a sua decisão de investimento com base no quadro de apoios vigente. Se se alteram as condições, alteram-se os prazos de recuperação de investimento e todos os indicadores que levaram à tomada da decisão em primeira instância. Isto não é promotor de confiança para quem quer investir e se não há confiança, não há investimento. Quem Governa o país tem de começar a entender claramente isto” defendeu o dirigente.