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Mar 24, 2021 - 3 minute read

Jovem suspeito pela morte de 10 pessoas no Colorado

Um jovem de 21 anos foi acusado de um massacre ocorrido na segunda-feira num supermercado em Boulder, Colorado, no qual morreram 10 pessoas, incluindo um polícia, informou a polícia local. As autoridades identificaram o suspeito do ataque como Ahmad Alissa - de acordo com uma transcrição fonética do seu nome, apresentada numa conferência de imprensa – e informaram que o jovem foi ferido numa perna e está hospitalizado, em situação estável, devendo ser transferido para uma prisão, em breve. Maris Herold, chefe da polícia de Boulder, disse ainda não conhecer a motivação de Ahmad Alissa para o ataque, que ocorreu na segunda-feira à tarde num supermercado da cidade. As identidades das vítimas, com idades entre 20 e 65 anos, não foram divulgadas, à exceção do agente abatido, Eric Talley, de 51 anos, “o primeiro a chegar ao supermercado” onde ocorreu o tiroteio, em Boulder, localidade a cerca de 40 quilómetros a noroeste de Denver, no estado do Colorado. O tiroteio deixou os clientes e trabalhadores do supermercado aterrorizados, procurando um lugar seguro para se abrigarem, enquanto o atirador disparava sucessivos tiros dentro do estabelecimento comercial. Centenas de polícias de toda a área metropolitana de Denver responderam ao apelo para se dirigirem para o local do crime, tendo-se aproximado lentamente da loja, enquanto alguns agentes escoltavam pessoas do perímetro do ataque. As autoridades dizem que a investigação ao caso ainda está numa fase inicial, mas os detetives encarregados do processo acreditam que o suspeito foi o único atirador no ataque. Um agente citado pela agência Associated Press disse que Ahmad Alissa terá usado uma arma semi-automática leve, cuja origem está agora a ser investigada. “Esta é uma tragédia e um pesadelo para Boulder. (…) Prometo às vítimas e à população do estado do Colorado que vamos garantir justiça”, disse Michael Dougherty, procurador do condado. O ataque de segunda-feira interrompeu um longo período sem massacres nos Estados Unidos, depois de 2020 ter sido considerado o ano com menor número de episódios de assassínios em massa nos últimos oito anos, de acordo com as autoridades norte-americanas. Ainda assim, este caso fez já ressuscitar de novo o debate sobre o controlo de armas nos EUA, com o congressista democrata Joe Neguse, eleito pelo Colorado, a prometer que “o tempo de inação acabou” e que insistirá em nova legislação para a posse e uso de armas. FOTO /ERIK S. LESSER/EPA Joe Biden quer proibir espingardas de assalto O Presidente norte-americano pediu ontem ao Congresso que aprove sem demora medidas para reforçar o controlo de armas nos Estados Unidos, incluindo a proibição de espingardas de assalto, após um novo tiroteio naquele país. “Podemos salvar vidas” com o controlo de armas, afirmou Joe Biden numa declaração feita a partir da Casa Branca, em Washington. “Não é preciso esperar mais um minuto, muito menos uma hora, para tomar medidas de bom senso que irão salvar vidas no futuro e para exortar os meus colegas na Câmara [dos Representantes] e no Senado [as duas câmaras que compõem o Congresso norte-americano] a agirem”, acrescentou o governante. Na mesma intervenção, Joe Biden reforçou: “Devemos agir. Devemos também proibir as espingardas de assalto”. Segundo os ‘media’ norte-americanos, o atirador estava equipado com uma espingarda de assalto tipo AR-15, uma arma que é frequentemente utilizada em tiroteios. As autoridades avançaram, entretanto, e com base em documentos judiciais, que o suspeito comprou a arma seis dias antes do tiroteio. Este tiroteio no Colorado ocorreu menos de uma semana depois de um homem ter aberto fogo e matado oito pessoas em várias casas de massagens asiáticas na área da cidade norte-americana de Atlanta, no estado da Georgia.