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Mar 5, 2021 - 2 minute read

Joel Viana critica esquecimento das autarquias no Plano de Recuperação e Resiliência

Num comunicado enviado à redação, Joel Viana, vereador independente na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, afirma que alguns dos compromissos (ou promessas) eleitorais assumidos relativamente ao Plano de Recuperação e Resiliência vão ficar por cumprir, independentemente das escolhas e opções de propostas apresentadas pelo executivo de Câmara de Lobos. “É vergonhoso que as autarquias não tenham sido tidas nem achadas institucionalmente”, disse, realçando que “a Associação Nacional de Municípios, a Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira e os executivos camarários foram ignorados por Bruxelas, pelo Governo da República e mesmo pelo Governo Regional que chamam, apenas e para si, a gestão de um gigantesco bolo de Euros provenientes da Caixa Forte do BCE sediado em Frankfurt”.

“É inacreditável que este PRR não contemple a aplicação direta dos mais que necessários fundos - as autarquias continuam a ser o parente pobre da descentralização e continuam a ser instrumentos ao serviço do Governo Nacional e das lideranças partidárias nacionais do arco do poder que usam e abusam daqueles que, como ninguém, conhecem ao pormenor os problemas dos seus cidadãos - as autarquias locais - única e exclusivamente por causa dos interesses momentâneos que tanto jeitinho dão à agenda definida ao nível central, governamental e partidário”, acrescentou.

Relativamente à visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, à Região (cancelada esta manhã), Joel Viana afirmou que o chefe de Estado vinha com “uma mão cheia de nada e outra cheia de coisa nenhuma acerca da questão legítima da efetiva descentralização ou da bazuca cozinhada em São Bento”.

“Aliás, pelo contrário, vem mais uma vez, num ato institucional com laivos colonialistas e centralizadores, reconduzir o Sr. Representante da República para mais cinco anos do faz de conta de descentralização, bem à maneira lusa e latina - a do fazer de conta, para que tudo fique na mesma apesar de parecer que não”, concluiu.