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May 5, 2021 - 2 minute read

Investigadores descobrem enterro realizado há 78 mil anos, o mais antigo em África

Uma investigação conduzida por investigadores espanhóis, alemães e quenianos anunciou hoje a descoberta do mais antigo enterro realizado em África, datado de há 78 mil anos, no Quénia. Além de ser o mais antigo enterro em África, é também a confirmação de que as populações do Paleolítico médio africano realizaram ritos funerários.

“A criança, com cerca de três anos de idade, foi enterrada numa cavidade que tinha sido escavada especificamente para este fim. Ali foi depositada numa posição intencional e muito delicada, quase fetal, com a cabeça sobre um suporte, como se fosse uma almofada. O seu corpo foi envolto num tipo de mortalha natural feita de peles ou folhas de animais e depois coberta com terra”, explicou a investigadora e diretora do Centro Nacional de Investigação da Evolução Humana (CENIEH) de Espanha, María Martinón Torres, à agência noticiosa Efe.

Apelidada de “Mtoto”, criança em suaíli, foi enterrada há 78 mil anos no atual lugar de Panga ya Saidi, um importante local arqueológico no sudeste queniano.

A descoberta, coliderada pela equipa de Martinón Torres, pelo Instituto Max Planck para o Estudo da História Humana, da Alemanha, e pelos Museus Nacionais do Quénia e que contou com a colaboração de investigadores da Universidade Complutense de Madrid e de cerca de 30 instituições de todo o mundo é tema de capa da revista Nature.