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Mar 13, 2021 - 2 minute read

Infarmed assegura que Portugal não recebeu lotes suspensos da AstraZeneca

Num esclarecimento conjunto divulgado na sexta-feira, a DGS e a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) garantem que os lotes da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 suspensos em diversos países europeus não foram distibuídos em Portugal. Recorde-se as autoridades da Áustria, Estónia, Letónia, Lituânia e Luxemburgo (lote ABV5300) e da Itália e Roménia (lote ABV2856) suspenderam alguns lotes da vacina da AstraZeneca, como “medida de precaução”, depois de se terem registados efeitos tromboembólicos em alguns dos vacinados, embora ainda não tenha sido confirmada ums relação causal entre os eventos.

A DGS e o Infarmed esclarecem ainda que “os eventos tromboembólicos podem ocorrer naturalmente, e não são raros” e que o número de casos comunicado até agora entre pessoas vacinadas na União Europeia não é superior ao que ocorre naturalmente na população em geral.

“Até ao momento, as evidências disponíveis não confirmam que esta vacina seja a causa dos eventos tromboembólicos registados após a vacinação, estando estes eventos a ser cuidadosamente avaliados por peritos nacionais e europeus”, salientam.

Além do mais, neste comunicado é garantido que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) e todas as autoridades competentes nacionais, em que se incluem o Infarmed e a DGS, estão “a monitorizar continuamente a segurança das vacinas, para garantir que os benefícios superam quaisquer potenciais riscos, em articulação com os seus parceiros internacionais”.

As autoridades de saúde mais defendem que “as pessoas podem ser vacinadas de acordo com o agendamento efetuado” e que “a segurança das vacinas é de extrema importância.

De apontar que na União Europeia, até dia 10 de março de 2021, foram administradas cerca de 5 milhões de doses da vacina da AstraZeneca e, até final de fevereiro, foram inoculadas no Reino Unido cerca de 10 milhões de doses, não tendo sido emitido nenhum alerta de segurança sobre estes eventos, salientam no comunicado.

Por estas razões, a DGS e o Infarmed reiteram que “os benefícios desta vacina continuam a superar os riscos, pelo que a vacina pode continuar a ser administrada nas datas agendadas para o efeito”.