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Mar 7, 2021 - 3 minute read

Idalino Vasconcelos nunca foi confirmado como candidato

Ao contrário do que fez saber a direção nacional do PSD, o nome de Idalino Vasconcelos nunca foi confirmado, pela estrutura regional social democrata, como candidato ao segundo mandato na Câmara Municipal do Porto Santo. A indicação nacional surgiu na última quarta-feira e surpreendeu toda a gente: os militantes da ilha dourada e os dirigentes do Funchal. Todavia, fontes da Rua dos Netos explicam que a lógica da direção de Rui Rio, traduzida pela voz do secretário-geral e coordenador autárquico nacional do PSD, José Silvano, foi no sentido de anunciar todos aqueles que eram elegíveis, por não terem ainda atingido o limite de mandatos, pelo que estariam em condições de avançar com candidaturas. Mas de facto, o seu nome nunca foi ratificado na Região

O caso do Porto Santo tem sido um dos mais difíceis de gerir na Rua dos Netos. Segundo fonte social-democrata há um sentimento de gratidão por Idalino ter recuperado a Câmara para o PSD, em 2017. Mas há também um grande receio de que este ano o presidente não consiga repetir a proeza.

A opção desejada pelo Funchal era Roberto Silva, mas o ex-presidente nunca se entusiasmou muito com essa ideia. Entretanto, surgiu uma terceira via com Joselina Melim. A atual presidente da Junta de Freguesia ganhou também em 2017 quando derrotou Miguel Brito, o socialista que será este ano candidato a presidente da Câmara.

Mesmo assim, Idalino Vasconcelos tem manifestado vontade e disponibilidade em continuar. Foi isso que fez em declarações ao JM na passada segunda-feira, quando disse que estava disponível, mas deixava essa decisão nas mãos do partido.

Entretanto é notória a tensão entre a família social-democrata do Porto Santo com um processo de escolha interna que vem conhecendo avanços e recuos.

Idalino Vasconcelos é o atual presidente da autarquia da ‘Ilha Dourada’, depois de em 2017 ter superado Filipe Menezes (PS), com 37,94% da preferência do eleitorado, contra 36,99% do socialista, recuperando a autarquia.

A lista nacional, recorde-se, incluiu 101 nomes, entre recandidatos e candidatos pela primeira vez, sendo noticiada como tido já a homologação pela Comissão Política Nacional. “São presidentes de câmara que se podem recandidatar na hora e momento que desejarem, porque têm homologação garantida da direção nacional”, anunciou o secretário-geral e coordenador autárquico nacional do PSD, José Silvano, em conferência de imprensa na sede nacional do partido. Entre os nomes divulgados, relevo para Carlos Moedas em Lisboa, não sendo feita qualquer menção ao candidato a apresentar no Porto. Aliás, além da ‘Cidade Invicta’, não foram apresentados candidatos a nenhum dos municípios dos distritos de Beja e de Évora, nem candidatos a capitais de distrito como Coimbra, Castelo Branco, Guarda, Leiria, Portalegre, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real.

Funchal, onde a expetativa é enorme, e Ponta Delgada (Açores) são outras cidades para as quais não foram divulgados os candidatos do PSD. No caso da capital madeirense, lembre-se, Pedro Calado revelou-se ontem disponível para essa potencial candidatura, caso esse seja o entendimento da direção regional ‘laranja’.