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Mar 23, 2021 - 2 minute read

Historiador franco-marroquino em greve de fome Maâti Monjib vai ser libertado

O historiador franco-marroquino e ativista dos direitos humanos Maâti Monjib, que está em greve de fome há 19 dias, vai ser libertado sob fiança após três meses de detenção, anunciou hoje o seu advogado. “O juiz decidiu libertá-lo provisoriamente, estão em curso medidas para retirá-lo da prisão”, disse Mohamed Messaoudi, especificando que a saúde do seu cliente está “boa, apesar de ter perdido 12 quilos”.

A direção da administração penitenciária (DGARP) marroquina indicou que o detido, encarcerado na prisão de El Arjat, próximo de Rabat, passou a ter acompanhamento médico desde 7 de março, três dias depois de Maati Monjib, de 60 anos, ter começado uma greve de fome para denunciar à opinião pública a sua situação desde que foi “detido indevidamente” no final de 2019.

Preso na sequência de uma investigação preliminar por “lavagem de dinheiro”, o intelectual marroquino foi condenado a um ano de prisão por “fraude” e “por “pôr em risco a segurança do Estado” no final de um julgamento iniciado em 2015. 

No julgamento, o historiador marroquino foi acusado de peculato na gestão de um centro que criara para promover, em particular, o jornalismo de investigação.

Os advogados de defesa e o comité de apoio ficaram então indignados com o facto de a sentença ter sido proferida na ausência do réu e sem convocar a defesa.

As autoridades judiciais marroquinas argumentam que Maati Monjib foi alvo de um “julgamento equitativo”.

Maati Monjib sofre de problemas cardíacos e de diabetes, problemas médicos que mencionou na sua página do Facebook quando anunciou, em novembro de 2020, que tinha sido infetado com o novo coronavírus.