Tendo em conta a interrupção do período letivo para alguns estudantes durante o mês de janeiro, a empresa Horários do Funchal decidiu efetuar o crédito do valor para utilização no regresso às aulas. Contudo, a exigência de recibo gerou críticas entre alguns encarregados de educação. Na resposta aos educadores, a rodoviária, quando confrontada pelo JM-Madeira, lembra que os clientes são devidamente alertados para o facto de deverem fazer-se acompanhar pelo recibo de carregamento sempre que viajam nos autocarros da HF.

Esta é, acrescenta a empresa, uma forma de comprovar a validade dos ingressos e passes, perante uma eventual anomalia no sistema de bilhética que se encontra a bordo dos autocarros ou no cartão Giro ou até mesmo para fins de fiscalização. “De resto, esta informação também consta do próprio recibo”, sublinha a HF.

“A emissão de uma 2.ª via de recibo só é imediatamente possível quando solicitada no balcão da HF onde foi efetuada a aquisição original, sendo que, caso o carregamento tenha ocorrido num parceiro Payshop ou CTT ou ainda numa máquina automática, é necessário solicitar a 2.ª via, tanto presencialmente como via internet, contudo, não é imediatamente entregue ao cliente”, informa ainda a transportadora.

A empresa lembra que decidiu efetuar o crédito do valor não utilizado a partir do dia 13/01/2021, em coordenação com a autoridade de transportes nesta matéria (DRETT) e dando cumprimento às indicações do Governo Regional da Madeira, por forma a que esse crédito seja efetuado na forma de utilização gratuita do título de transporte, com início na data de regresso às aulas presenciais, que está previsto acontecer no próximo dia 22.

“Aproveitamos a ocasião para informar que, do ponto de vista legal, a HF não é obrigada a reembolsar ou creditar qualquer tipo de valor, de acordo com o Decreto-Lei n.º 9/2015, de 15 de janeiro, que define as condições de realização e utilização do transporte rodoviário de passageiros e os respetivos direitos e deveres”, refere o conselho de administração da HF, acrescentando que “se o passageiro não utilizar o título de transporte por motivo alheio ao operador, não há lugar a qualquer reembolso”.

A Horários do Funchal diz ainda que a decisão de reembolso surge no âmbito da sua política de responsabilidade social, como forma de ajudar as famílias perante as dificuldades financeiras que enfrentam. “Mesmo com significativas perdas nas receitas desta empresa, não podemos permanecer indiferentes. Pelo que asseguramos que estamos a efetuar todas as diligências ao nosso alcance, para garantir o correto apoio aos clientes”, conclui o conselho de administração da Horários do Funchal.