Parceria poderia ajudar ultrapassar limitações impostas por Canárias. Paula Cabaço propõe a criação  um itinerário de cruzeiro nas ilhas portuguesas e o posterior alargamento ao continente e às Canárias. O Governo dos Açores está recetivo à criação de uma rota comum para cruzeiros que integre os portos da Madeira e do arquipélago açoriano, um desafio lançado pela presidente do Conselho de Administração da APRAM na 1ª Conferência da Macaronésia.

“Posso adiantar que as Autoridades Portuárias da Madeira e dos Açores já reuniram para abordar esta possibilidade de se criar uma nova rota comum para os cruzeiros que integre os portos dos dois arquipélagos”, avançou ao JM-Madeira, Paula Cabaço.

Pela primeira vez, sublinha a presidente da APRAM, poderá ser criado um itinerário de cruzeiro nas ilhas portuguesas, “um novo produto turístico capaz de ter um bom acolhimento na conjuntura pós-pandemia”.

Numa primeira fase, este projeto integraria apenas os portos das ilhas portuguesas, mas a ideia é que este roteiro possa vir a integrar portos do continente português e de Canárias.

Esta poderia ser uma resposta à dificuldade de criação de cruzeiros e à tendência para a retoma privilegiar navios mais pequenos, itinerários mais curtos, próximos dos países de onde residem os passageiros, em termos de ligações aéreas.

“Além disso, vão ser procurados os destinos seguros, em termos sanitários e menos sobrelotados, mais autênticos. Ambas as Regiões tem tudo isso em comum, para além de sermos ilhas extremamente atraentes do ponto de vista ambiental e de natureza”, acrescenta Paula Cabaço, garantindo que a APRAM já foi abordada por companhias que têm interesse em desenvolver este itinerário.Com as Canárias a não permitirem escalas para fora dos seus portos, esta parceria com os Açores pode ser uma forma de ultrapassar no curto prazo estas limitações, embora, refere Paula Cabaço, o projeto possa dar azo a um novo produto pós-pandemia.

Com as Canárias a não permitirem escalas para fora dos seus portos, esta parceria com os Açores pode ser uma forma de ultrapassar no curto prazo estas limitações, embora, refere Paula Cabaço, o projeto possa dar azo a um novo produto pós-pandemia.