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Mar 12, 2021 - 2 minute read

Governo apela para que portugueses só façam viagens essenciais

Em entrevista à agência Lusa, a secretário de estado das Comunidades Portuguesas apelou aos portugueses para que só façam viagens mesmo essenciais e que cumpram, no final destas, a quarentena obrigatória. “Queria reforçar essa questão, continuamos a aconselhar a fazerem apenas viagens essenciais. Isso é mesmo muito importante. Esta recomendação para os portugueses fazerem apenas viagens essenciais para o Brasil ou até mesmo para outros países mantém-se”, afirmou Berta Nunes.

“Temos países que hoje estão bem e depois começam a piorar”, acrescentou, relembrando quando isso acontece são tomadas “decisões unilaterais e as pessoas ficam retidas”.

Nesta entrevista, Berta Nunes apontou também que no primeiro dos dois voos de repatriamento de portugueses retidos no Brasil realizados até agora, verificou-se que as pessoas viajaram por vários motivos, mas algumas “foram de férias”.

Quanto a um possível levantamento em breve da suspensão das ligações para aquele país, ou seja, a partir de dia 16, data até à qual vigora o despacho que determina a medida, a secretária de Estado considerou que ainda existem “muitos fatores a ponderar”.

“Penso que há aqui alguma incerteza em relação a isso. E tem a ver com vários fatores. Um destes é a variante [do vírus] de Manaus [Brasil], argumento que levou a Inglaterra a colocar-nos na lista vermelha, quando na verdade nós não tivemos muito casos e não temos tido um aumento do número de casos dessa variante”, disse.

“Estamos melhor, é certo, mas não sei qual será a decisão. O Brasil também não está melhor, infelizmente. Há aqui vários fatores a ponderar", sublinhou.

Recorde-se que na última quarta-feira, o governo português anunciou, através da Embaixada de Portugal em Brasília, um terceiro voo da TAP para dia 16 para repatriamento de portugueses retidos no Brasil, por causa da suspensão das ligações aéreas para aquele país.

Já em 27 de janeiro, foram suspensos tpdps os voos de e para o Brasil entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro, uma medida “de último recurso”, que já foi prorrogada, e que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, admitiu ser necessária tendo em conta a “situação muito difícil” que se vivia em Portugal em relação à pandemia de covid-19.