O vice-presidente do Governo disse ontem que se a semana correr sem sobressaltos e não surgirem surpresas, na segunda-feira devem ser anunciadas medidas de alívio das restrições impostas. O vice-presidente do Governo Regional admitiu ontem que, a partir da próxima semana, as medidas restritivas impostas para conter a pandemia possam ser suavizadas na Região, mas não revelou como seria a reabertura, pois o anúncio será feito pelo presidente do Governo Regional. ”Vamos deixar passar estar semana e no início da próxima semana o senhor presidente faz o anúncio de próximas medidas, no sentido de dar um passo em frente para termos a economia mais aberta e mais segura”, disse Pedro Calado, à margem de uma visita à Casa do Povo de Santo António, no Funchal, onde passa a funcionar um conjunto de serviços da Loja do Cidadão, de modo a evitar que as pessoas tenham de se deslocar ao centro da cidade para tratar de assuntos nos serviços públicos. Sobre o desconfinamento, o governante não confirmou se o alívio seria, por exemplo, na hora de fecho do comércio e do recolher obrigatório, que hoje se mantém às 18h00 e às 19h00, respetivamente, nos dias úteis, e uma hora mais cedo aos fins de semana, mas é previsível que seja, uma vez que há uma certa normalidade na maioria das atividades na Madeira durante o dia. Recorde-se que, no passado fim de semana, o JM avançou em primeira mão o alívio das restrições a partir de 26 de abril. Calado sublinhou, contudo, que para haver um aligeirar das medidas é necessário que não surjam contratempos, pois o “pior” que poderia acontecer era reabrir e depois ter de voltar a fechar, como vem sucedendo em outros locais. “Não queremos estragar o trabalho positivo que foi feito até aqui”, sublinhou. “Boa ligação” com Lisboa Durante esta visita aos novos serviços da Casa do Povo, um projeto que o Governo quer alargar a instituições congéneres de outras localidades, Pedro Calado foi questionado pelos jornalistas sobre as previsões para o verão turístico na Região e como o Governo estava a acompanhar os anúncios da TAP de reforçar os voos para a Madeira e para o Porto Santo. O vice-presidente começou por destacar que a companhia, que passou para a esfera do Estado, tem agora “uma nova postura” e “abertura” que resultam dos “sucessivos contactos que o Governo Regional tem tido com o Governo da República”. “Há muito pouco tempo, o senhor presidente do Governo, eu próprio e o senhor secretário regional do Turismo estivemos numa reunião com o senhor ministro das Infraestruturas, que tem também o pelouro dos Transportes Aéreos, da TAP, onde apresentámos algumas preocupações da Madeira” perante a “pandemia” mas também a “reformulação da companhia aérea portuguesa”. “Foi explicado, e bem, a importância que o turismo tem na nossa economia, a importância que tem a TAP e o peso que tem na quantidade de viagens de madeirenses e turistas, e em boa hora foram ouvidas as nossas preocupações”, explicou. Depois de nos últimos anos as relações terem sido tensas, quer com a TAP, quer com o Governo da República, ontem Pedro Calado assumiu que a abertura da TAP para a Madeira “é resultado de uma boa ligação política que tem existido entre os dois Governos, sobretudo nas matérias que hoje são importantíssimas para nós”, ou seja, “não só tratar da qualidade de vida dos nossos concidadãos, mas também abrir a Região ao turismo e vê-lo crescer já no próximo verão”. Por isso, o Governo espera “um verão positivo”, até porque, por outro lado, “a vacinação está a correr muito bem e a um ritmo muito positivo”. Sobre a descentralização dos serviços da Loja do Cidadão, que ontem assinalou o seu 17.º aniversário, Pedro Calado anunciou que está a ser montado o projeto de uma loja do cidadão itinerante. Será através de uma carrinha móvel, que irá percorrer as freguesias do Funchal e de outros concelhos. FOTO JM