A Câmara Municipal do Funchal vai apoiar com 24 mil euros um projeto multidisciplinar da Fundação Cecília Zino, inspirado na obra da artista plástica madeirense Lourdes Castro e que foi apresentado esta tarde nas instalações da instituição. ‘O Sol Marca a Sombra’, assim se intitula o projeto que, segundo o presidente do conselho de Administração da Fundação Zino, Michael Zino, mereceu da parte da autarquia funchalense “o maior subsídio público alguma vez recebido” pela instituição “desde a sua constituição em 1961”.

O projeto, de base artística, tem uma componente psicológica e pedagógica muito vincada, voltada para as crianças e jovens da Região e, especialmente, para aquelas que residem na Casa de Acolhimento, onde tudo terá início.

De um conjunto de oficinas, resultarão trabalhos que constituirão um novo ‘Herbário de Sombras’ que, juntamente com obras encomendadas a jovens artistas portugueses bem como originais de Lourdes Castro farão parte de uma exposição apontada para o período de 15 de outubro a 31 de dezembro deste ano, no Museu de História Natural do Funchal.

Um concurso de ilustração, um programa na RTP-Madeira e uma conferência, dividida em duas sessões, uma voltada para a obra da artista madeirenses e outra para a análise psicológica desta mesma obra que contará com diversos especialistas nas duas áreas (a artística e a psicológica).

Correspondendo a um pedido da Fundação, a Câmara Municipal do Funchal, liderada por Miguel Silva Gouveia, acedeu na comparticipação de metade do orçamento inicial do projeto que era de 49.598 euros. O apoio camarário é assim de 24.799 euros e foi esta tarde confirmado pelo presidente da edilidade, com a assinatura desse compromisso, na sessão de apresentação do projeto ‘O Sol Marca a Sombra’.

“Acarinhámos desde a primeira hora este projeto, que tem uma valência, que envolve mais do que cultura, refere uma das artistas consagradas da nossa cidade, uma das três personalidades regionais que foi reconhecida pelos seus pares com a mais alta distinção artística mundial, Lourdes Castro. Importa seguir as suas pisadas para encontrar novos caminhos para a cidade do Funchal e para a Humanidade”, disse na ocasião o presidente da autarquia.

Miguel Silva Gouveia disse também que da parte da Câmara procurarão um grande envolvimento da comunidade em torno deste projeto salientando o forte cariz social que comporta e os objetivos voltados para a juventude.

O edil afirmou-se surpreendido ao saber que esta comparticipação municipal é o “maior subsídio público” recebido pela Fundação, subsídio esse que considera ser “mais um investimento nesta instituição que tanto tem dado ao Funchal e à Madeira” no que respeita à equidade e ao desenvolvimento social.