O escultor e professor Francisco Simões alertou, hoje, no seu discurso na cerimónia comemorativa do 25 de Abril, na Câmara Municipal do Funchal, que “O 25 de Abril trouxe muitas conquistas que ajudaram ao nosso desenvolvimento, mas não acabou com a ganância do lucro e da exploração” O militante comunista reconheceu que “os nossos trabalhadores já ganharam algumas melhorias nas suas vidas, mas de tempos a tempos, governos e o capital demonstram a insaciabilidade do lucro e exercem o seu poder contra quem trabalha”. A seu ver, “o 25 de Abril é pela justiça, é pelo respeito, é pela fraternidade entre todos os portugueses. Abril, democracia e liberdade para que haja mais justiça social, mais trabalho, melhores condições de vida”.

Na sua intervenção, Francisco Simões expressou que neste Abril assinalado no ano em curso, “a liberdade foi e está condicionada, a pandemia veio acrescentar dificuldades às dificuldades, os empresários, sobretudo os nossos empresários e a nossa indústria do turismo, sofrem um forte abalo, os empregados do turismo estão no desemprego”.

Por isso, defendeu ser “necessário repensar o nosso sistema de trabalho e a nossa economia. É necessário pensar em novos investimentos que privilegiem o desenvolvimento de centros de pesquisa virados para a vida marinha, para a natureza, criar novos clusters que se possam suportar nas novas tecnologias informáticas e eletrónicas”.

No seu entender, a pandemia veio também demonstrar que “o nosso Serviço Nacional de Saúde, uma das grandes conquistas de Abril, minimizou em muito, aquilo que seria uma enorme desgraça caso não existisse”.

Por esse motivo, Francisco Simões prestou um reconhecimento aos profissionais de saúde: “saúdo todos os homens e mulheres, enfermeiros, técnicos e médicos que na linha da frente com grande espírito de missão e de sacrifício ajudaram a salvar muitas vidas”.