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Apr 18, 2021 - 3 minute read

Falta de eficácia dita derrota 'injusta'

Marítimo perdeu ontem por 2-0 no reduto do Belenenses e viu a formação lisboeta fugir na classificação, em jogo da 27.ª jornada da I Liga de futebol. Verde-rubros foram muito perdulários no Jamor. O Marítimo voltou a marcar passo na fuga à zona de perigo e com muita culpa própria. Os golos que selaram o triunfo do Belenenses foram anotados aos 37 minutos, por intermédio de Miguel Cardoso, na conversão de uma grande penalidade, e já perto do final da partida, por Francisco Teixeira.

No segundo tempo, os verde-rubros criaram inúmeras oportunidades para entrar na discussão do resultado, mas o triunfo não fugiu aos azuis de Petit, muito por culpa do guardião russo Kritsyuk e também por finalizações que pediam mais qualidade.

A equipa de Julio Velázquez entrou bem no jogo e acabou por criar as primeiras ocasiões de perigo, mas tanto Andreas Karo como Alipour, em lances já na grande área dos azuis, não conseguiram encontrar o caminho das redes à guarda de Kritciuk, que depois ainda viu Jean Irmer disparar uma bomba quase do meio da rua que saiu um pouco ao lado ângulo esquerdo da baliza.

Ao longo de quase toda a primeira parte, as duas equipas, em luta direta pela fuga à despromoção, apostaram em excesso na exploração da profundidade, com bolas longas metidas nas costas das defesas. Mas sem grandes efeitos.

Com esquemas táticos muito semelhantes a nortear a estratégia de ambos os conjuntos, apresentou-se melhor o Marítimo, que assumiu o jogo com maior assertividade pelo menos até pouco depois da meia hora, altura em que os azuis começaram a equilibrar uma contenda que estava a ser controlada pelas defesas.

Foi assim, praticamente contra a corrente do jogo, que o Belenenses acabou por chegar à vantagem, graças a uma desatenção de Lucas Áfrico, que cometeu falta sobre sobre Cassierra em plena grande área do Marítimo, pronta e inapelavelmente assinalada pelo árbitro António Nobre, da AF de Leira. Decorria o minuto 37, e Miguel Cardoso, chamado a converter o castigo máximo, não deu hipóteses a Amir.

O golo abalou os verde-rubros, que partiram em busca da igualdade sem grande critério no ataque e, ao fazê-lo, acabaram por ficar algo expostos na retaguarda. O 2-0, que seria um castigo muito exagerado, quase surgiu aos 40, mas só não aconteceu porque Cassierra atirou um pouco para o lado.

Velázquez aposta forte

Era preciso arriscar mais e Júlio Velazquez mexeu bem ao intervalo, colocando em campo Rafik Guitane e Rodrigo Pinho, por troca com Jean Irmer e Pelágio. E as alterações trouxeram um Marítimo disposto a chegar cedo à igualdade.

Aos 57 minutos, Joel Tagueu teve a primeira oportunidade para fazer o 1-1, já na pequena área, mas o guarda-redes Kritciuk, quase por instinto, conseguiu defender para canto.

Pouco mais de dois minutos depois, Guitane, no coração da área, rematou ao lado. E aos 62, o guardião russo voltou a assinar uma grande intervenção, ao defender novo remate de Joel Tagueu, quase à queima-roupa.

O Belenenses defendia como podia (Petit reforçou o meio campo defensivo) mas o esforço do Marítimo foi perdendo fulgor. Aos 72, Joel obrigou Kritciuk a nova boa defesa, mas depois deste lance o ataque dos verde-rubros foi perdendo critério, denotando alguma falta de confiança.

Mesmo assim, a formação madeirense não atirou a toalha ao chão. Mas acabou por ser surpreendida com o 2-0, marcado por Francisco Teixeira, aos 88 minutos, numa transição rápida que matou todas as esperanças.

Na luta pela manutenção, o Belenenses soma agora 30 pontos, enquanto o Marítimo mantém-se nos 24, que lhe conferem a posição da liguilha, na qual irá manter-se nesta ronda.

Faltam agora sete ‘finais’ para o término do campeonato, e a próxima será disputada em casa, diante do Rio Ave.