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Apr 5, 2021 - 2 minute read

Exemplos do passado para preparar melhor o futuro

No 90.º aniversário da Revolta da Madeira, Jorge Carvalho relevou que a celebração também serve para “alertar as novas gerações para a importância de nos mantermos firmes na conquista da Autonomia”, enquanto Miguel Silva Gouveia acentuou que “recordar a nossa história é fundamental para que não se repitam erros do passado”. Decorreu ontem, no Largo Charles Conde Lambert, a cerimónia evocativa da Revolta da Madeira, naquele que é o seu 90.º aniversário, numa celebração em que se associaram a Assembleia Legislativa, por intermédio do vice-presidente José Prada, o Governo que esteve presente com o secretário regional Jorge Carvalho, e a Câmara do Funchal, com o seu líder Miguel Silva Gouveia.

A cerimónia contemplou a deposição de ramos de flores por parte das três entidades, na estátua evocativa do acontecimento. O espaço, no início da Estrada 4 de Abril, em São Martinho, contou ainda com a presença da tradicional Guarda de Honra do Corpo de Bombeiros Sapadores do Funchal e Corpo de Bombeiros Voluntários da Madeira.

Recorde-se que entre 4 de abril e 2 de maio de 1931, a Madeira encetou uma sublevação militar contra o governo de ditadura nacional, com o objetivo de instaurar um governo Republicano que restaurasse as liberdades públicas e a ordem constitucional.

À comunicação social, Jorge Carvalho realçou que “é importante que possamos manter as nossas memórias vivas, mas acima de tudo é importante assinalar o quanto é relevante que mantenhamos esta nossa voz para que possamos ser ouvidos juntos dos grandes decisores, chamar a atenção de Lisboa, e assinalar esse princípio de assumirmos os nossos destinos”.

“Autonomia foi um processo de conquista e diariamente temos que procurar manter essa mesma conquista, porque sabemos da dificuldade que é manter esse princípio autonómico e, acima de tudo, respeitá-lo. E esta efeméride vem também alertar as novas gerações para a importância de nos mantermos firmes nessa conquista”, disse ainda.

Já Miguel Silva Gouveia apontou “o exemplo dos militares e civis madeirenses que, em 1931, sem receio das habituais represálias de quem lida mal com o pensamento livre, revoltaram-se contra as políticas restritivas de um regime centralista e ditatorial, tomando as rédeas do seu próprio destino.”

O autarca enfatizou que “recordar a nossa história é fundamental para que não se repitam erros do passado”, enaltecendo “a audácia dos funchalenses que, hoje como há nove décadas, não se vergam perante injustiças e fazem ouvir a voz na defesa dos seus direitos, contra quem for que os tente suprimir.”