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Apr 20, 2021 - 2 minute read

“Estudantes querem personalização”

Várias ideias foram apresentadas e debatidas na 5ª edição da Conferência “Des(a)fiar a Escola”, promovida ao longo do dia de ontem pelo município do Funchal. Foi dada voz a docentes, a especialistas da Educação e a alunos, que partilharam via online como tem sido a pandemia nas suas vidas e que problemas e desafios têm enfrentado para conseguir continuar a aprender. Na parte da manhã, do leque de oradores, destaque para a intervenção do mestre em Ciências da Educação José Matias Alves, que apresentou “Propostas para a reinvenção da escola’. “A escola tem pessoas diferentes, precisa de respostas diferentes, não precisa da mesma ementa igual para todos. Este é um problema grande que temos de resolver”, expôs. Também um dos consultores do Ministério de Educação para a flexibilização curricular, José Matias Alves também defendeu que atualmente, “os estudantes querem personalização, não automatismo, querem reforçar atenção ao outro, aos alunos, às emoções, aos sentimentos”. E, nesse sentido, “o papel do professor amplifica-se e enriquece-se com os desafios que estamos hoje a viver”. A apontar ainda a intervenção de Marco Bento, da Escola Superior de Educação de Coimbra, que defendeu que “é preciso que a família confie na escola e a escola confie na família”. O docente defendeu que há uma conexão emocional entre aluno e professor, que a tecnologia não consegue. “Temos de a potenciar. O essencial é sempre a relação entre o professor”, sendo que “a máquina reflete e transmite. Mas não é capaz de transmitir afeto, de vibrar com a conquista de cada aluno. Isso é um privilégio dos humanos”. Marco Bento entende ainda que é tempo de proceder a mudanças na Educação, aproveitando os ensinamentos com a pandemia. “Como temos estado confinados, temos de saber olhar para além da grade”, frisou.