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May 6, 2021 - 3 minute read

Escassez de ideias adia ‘Xeque-mate’

Por Daniel Faria O Marítimo perdeu ontem nos Barreiros pela margem mínima (0-1), falhando a oportunidade de resolver praticamente a manutenção na I Liga. Uma vitória no encontro de ontem seria o ‘xeque-mate’ na questão, com os verde-rubros a chegarem aos 36 pontos em caso de triunfo, meta que o Gil Vicente atingiu com a vitória de ontem na Madeira, selando a manutenção no principal escalão do futebol português. Num jogo desinspirado e de fraca qualidade, o Marítimo terminou assim derrotado no seu deserto de ideias, onde nunca foi capaz de importunar realmente no último terço do terreno.
Mesmo assim, os madeirenses foram mais perigosos no início do encontro, orquestrando duas situações claras para golo em apenas um minuto. O capitão Edgar Costa serviu Alipour à passagem do minuto nove, com o avançado iraniano a atirar para uma defesa incompleta de Denis, para, de seguida, Joel tentar furar a defesa barcelense, com o esférico a ser desviado.
Como muitas vezes acontece, vem a velha máxima no futebol: quem não marca sofre. E nesta partida da 31.ª jornada, a história não foi diferente. A única alteração dos gilistas no ‘onze’ deu frutos, já que Samuel Lino, de regresso à titularidade nove jornadas depois, para render o lesionado Pedro Marques, inaugurou o marcador, aos 32 minutos. Atrás da linha dos centrais verde-rubros, o avançado de 21 anos não teve grandes dificuldades para bater Amir, pairando no ar um possível fora de jogo, que rapidamente caiu por terra após validação do VAR, com o lateral Cláudio Winck a colocar o compatriota em posição regular por 32 centímetros. A partir daí, a formação liderada por Ricardo Soares mostrou o à-vontade que já lhe é característico nos jogos fora de casa, subindo para seis o número de vitórias na condição de visitante em contraste com as quatro dentro de portas. Julio Velázquez, que há quatro jornadas aposta no mesmo ‘onze’, refrescou a equipa logo ao início da etapa complementar, com a entrada do argentino Correa para saída de Pelágio e de Marcelo Hermes por troca direta com China. O encontro subiu de ‘tom’, com as duas formações a apostar no jogo aéreo, mas a errar a mira por escassos centímetros, primeiro Rúben Fernandes, aos 54 minutos, na sequência de um livre, e, depois Joel, aos 61, ao segundo poste, servido por Correa. Os gilistas continuaram a marcar posição e por pouco não dilataram a vantagem, num livre direto cobrado por Pedrinho que obrigou Amir a uma estirada para o conter. O Marítimo, apesar da maior posse de bola na segunda parte, nunca conseguiu materializar situações válidas de ataque, limitando-se a circular a bola, esbarrando depois na defensiva gilista. Um autêntico deserto de ideias ao nível ofensivo, sem originalidade. Durante mais de 70 minutos o Marítimo demonstrou falta de originalidade ofensiva e nos últimos 20 minutos encostou o Gil à sua área, mas sem conseguir efetivamente penetrar na organização defensiva do Gil Vicente, que interrompeu o melhor momento do Marítimo na temporada, fazendo o seu ‘xeque-mate’ no que concerne à manutenção.
A formação de Barcelos sobe, provisoriamente, três posições, para a 10.ª, com 35 pontos, seis acima do 16.º, o Boavista, enquanto o Marítimo manteve-se com 33, sendo para já ultrapassado pelo adversário de ontem e caindo para o 13.º posto.