madeira news

May 5, 2021 - 4 minute read

“Empresas públicas diminuíram em 51%”

Pedro Calado esteve ontem no no plenário, na defesa de um diploma que estabelece o estatuto do gestor público na Região. Na ocasião, o vice-presidente do Governo Regional assegurou que “entre 2013 e 2020, reduziu em 51% o número de empresas do setor público empresarial, passando de 51 para 25 empresas. Ante críticas de aumento de nomeados pelo Executivo, Calado lembrou que foram “criados 171 lugares” entre quase 20 mil funcionários públicos e convidou os partidos detratores a que “façam a mesma leitura proporcional em relação ao número de deputados que têm e as pessoas que trabalham convosco”. E recordou que na República, no tempo do Governo de Passos Coelho o peso da estrutura era de “47 ME e com António Costa, é de 73 ME”.

Na contestação, Miguel Iglésias (PS) acusou a Quinta Vigia de ter injetado “51 ME nas Sociedades de Desenvolvimento, entre março de 2020 e março de 2021, numa “gestão danosa e imoral quando a população vive tempos aflitivos”.

 

PSD quer alunos aptos para emergências

O PSD levou ao plenário o projeto de resolução, intitulado ‘Pela implementação de um projeto piloto em Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa SBV – DAE, no Ensino Secundário’. Na respetiva apresentação, Rubina Leal relevou que “necessário que os cidadãos estejam habilitados, mas também que tenham os utensílios essenciais”, e que é “essa cultura de segurança e proteção civil que queremos continuar a promover”. Disse que desde 2017 “foram já formados mais de 500 pessoas” com estes ensinamentos básicos, bem como que existem “142 desfibrilhadores]na Região, em locais públicos”. Formar “civicamente os nossos alunos para saberem atuar em situação de emergência”, é um dos propósitos que o PSD quer levar às escolas.

 

Marcelo “deu lição de democracia” a Albuquerque

Antes do período da ordem do dia, o líder do grupo parlamentar do JPP, Élvio Sousa, elogiou a visita à Região no fim de semana do Presidente da República, reiterando um pouco aquilo que dissera já no final da reunião mantida com Marcelo Rebelo de Sousa, mas agora com maior aprofundamento. No seu entender, no encontro que teve com os partidos e no que diz respeito à gestão da pandemia, “deu uma valente lição de democracia ao presidente do Governo Regional”, acusando Miguel Albuquerque de não ouvir a oposição. “É o eterno regresso ao passado, ao centralismo e ao absolutismo”, concluiu.

Élvio Sousa disse que “o Presidente da República fez mais em 60 minutos do que o presidente do Governo Regional um ano inteiro”. Detetou a existência de uma postura de “quero, posso e mando” na Região, estabelecendo analogias com o passado, e exaltando que “o Governo Regional está apenas preocupado com os 21 milhões de euros que gasta com os seus nomeados”.

Miguel Iglésias (PS) aproveitou a deixa e juntou-se às críticas, exaltando que o Governo Regional o “em mais de um ano de pandemia não foi capaz de ouvir uma única vez os representantes dos partidos”.

 

Estrangeiros “sob o caos”

Adolfo Brazão foi um dos intervenientes ontem nas declarações políticas, colocando foco na reestruturação dos Serviços de Estrangeiros e o deficiente serviço que diz que vem sendo prestado. Todavia, o deputado do PSD, ilibou de responsabilidades os seus profissionais, relevando “o profissionalismo de quem lá trabalha”.

Adolfo Brazão disse que “esta teria sido uma boa ocasião para se transformar aquele serviço, com resoluções técnicas que tornassem o serviço como Portugal merece e precisa ter”, mas até agora “tem sido um caos”. Nas suas preocupações colocou no topo, também, o que irá suceder aos agentes – mormente os que prestam serviço na Região – do agora ‘desmantelado’ SEF e fusão com outras autoridades.

Lopes da Fonseca aproveitou a ocasião e foi ainda mais crítico. “É típico do PS. Quando foi o caso das dúvidas sobre as habilitações de Sócrates, fechou-se a Universidade Independente “Agora temos a infelicidade da morte de um cidadão ucraniano, fecha-se o SEF. E então os ministros não têm responsabilidade?”, questionou o líder parlamentar do CDS.

 

Secretário “não assume o erro”

Miguel Iglésias questionou ontem pelas consequências para Jorge Carvalho, mostrou a sua incredulidade por nada se passar na sequência da reversão do processo em relação ao professor Joaquim Sousa, que esteve suspensão seis meses.

O líder parlamentar do PS disse que o secretário regional que tutela a Educação “deixa tudo em águas de bacalhau e não tem a dignidade de reconhecer o erro”.

“Como é que é possível não haver qualquer consequência como se fosse normal o que aconteceu?”, questionou, após enumerar (e duvidar), os “crimes” que fizeram com que “um pai de dois filhos estivesse seis meses sem salários”

Nos ataques, visou também Pedro Calado, dizendo que a “vice-presidência está a soldo de uma campanha”, apresentando um “um vácuo de ideias ou projetos, onde apenas sobra a memória de ter enterrado a autarquia em dívidas”.

E, no seu entender, “o vice-presidente tem que decidir: ou bem quer ser candidato ou bem quer continuar como vice-presidente”. Aliás, “um filme já visto com Rubina Leal e os resultados não foram grande coisa”.