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Mar 5, 2021 - 2 minute read

Desconfinamento polémico e com lapsos na arbitragem

O desconfinamento do Centro de Treinos da Camacha, destinado aos árbitros de futebol, gerou polémica e um lapso do Conselho de Arbitragem da Associação de Futebol da Madeira (AFM), segundo apurou o JM. Registaram-se casos de árbitros fora da competição nacional a treinar no relvado da Camacha, algo que não é permitido neste momento, pois o futebol regional encontra-se suspenso. Estão autorizados a treinar 24 árbitros - 6 árbitros e 18 assistentes -, em condições de participar nas competições nacionais. De resto, árbitros de competição regional não podem efetuar essa atividade, segundo confirmou David Gomes, diretor regional do Desporto.

“Sim, a atividade a esses árbitros de cariz regional não está permitida. O centro de treinos na Camacha está somente aberto a árbitros que estejam na competição nacional”, elucidou ao JM o diretor regional do Desporto.

Ao que apurou o JM e segundo documentos a que o nosso jornal teve acesso, inicialmente a Associação de Futebol da Madeira, através do Conselho de Arbitragem, convocou todos os árbitros a treinarem, na medida do possível. Depois, o Conselho de Arbitragem recuou, retificando esse lapso para somente os árbitros de nível nacional treinarem, numa lista que corresponde a 24 agentes desportivos, a que o JM teve acesso.

”Não há irregularidade”

Confrontado com esta situação, Francisco Costa, presidente do Conselho de Arbitragem da AFM, negou que árbitros de competição regional tenham treinado no recinto.

“Isso é falso. Posso garantir que árbitros que não estão neste momento a competir não treinam na Camacha, porque não podem. Temos um universo de cerca de 80 árbitros, mas só 24 estão autorizados a treinar, com a DRD a ter conhecimento disso. Abrimos o centro de treino há uma semana e os mesmos têm decorrido em pequenos grupos, com todas as regras. Os treinos que temos feito são de cariz individual, por isso, não há qualquer irregularidade”, disse Francisco Costa.

O dirigente afirmou que os assistentes apitam no meio regional, mas “fazem parte das equipas de nível nacional”, pois uma equipa “não corresponde apenas ao árbitro”, fazendo por isso parte da lista autorizada a treinar.