O presidente do CDS-PP afirmou esta terça-feira que mantém a confiança política em Rui Barreto, líder do CDS/PP-Madeira, assegurando que “não foi registado nenhum empréstimo feito ao partido”. À margem de uma visita a duas esquadras da PSP no concelho de Odivelas, em Lisboa, Francisco Rodrigues dos Santos respondeu desta forma às perguntas feitas pelos jornalistas acerca das suspeitas que caíram sobre Rui Barreto relativamente a um financiamento feito ao partido em 2019.

Garantindo manter a confiança política “na medida em que não foi cometida nenhuma ilegalidade”, o líder do partido a nível nacional, explicou que, “nas contas do CDS, quer ao nível central quer regional, não foi registado nenhum empréstimo feito ao partido”, defendendo que, “ao nível pessoal, o que cada um entende como mais vantajoso ou oportuno ou avalizado para a sua esfera privada depende de cada um”.

“Do ponto de vista político, aquilo que me cumpre assegurar e acautelar, não foi cometida nenhuma ilegalidade nem nenhuma violação da lei, portanto desse ponto de vista eu estou absolutamente tranquilo”, acrescentou.

Recorde-se que à volta de toda esta polémica está uma reportagem emitida pela SIC, na passada semana, em que foram expostos pormenores sobre o financiamento da estrutura regional durante a campanha para as eleições legislativas de 2019. De acordo a SIC, o CDS/PP-Madeira recebeu 29.880 euros, provenientes de César do Paço, agora principal financiador do partido Chega, sendo que o dinheiro foi transferido para as contas bancárias de seis membros do partido, incluindo Rui Barreto. O líder regional do partido prontificou-se de imediato a clarificar a situação, mas a verdade é que o assunto abalou o partido internamente.

Barreto já tinha falado deste apoio do partido

Recorde-se que, no passado sábado, o presidente do CDS/PP-Madeira revelou aos jornalistas, à saída da comissão política marcada de urgência, que tinha chegado a colocar à disposição o seu cargo enquanto secretário regional da Economia, no governo PSD/CDS-PP. Disse igualmente ter “a confiança política da direção do CDS, assim como a confiança política do senhor presidente do Governo [Miguel Albuquerque]”.

Rui Barreto garantiu ainda que não tinha havido “qualquer financiamento ilícito ao CDS” e que não tinha entrado “um cêntimo na conta” do partido. Explicou que o que esteve em causa foi “um empréstimo pessoal, que foi totalmente restituído”.