madeira news

Feb 25, 2021 - 2 minute read

Declarações fiscais de Donald Trump já foram disponibilizadas

O procurador distrital de Nova Iorque, Cyrus Vance, obteve hoje as declarações fiscais de Donald Trump, depois de o Supremo Tribunal ter rejeitado um recurso do ex-Presidente dos EUA. Recorde-se que, na segunda-feira, o Supremo Tribunal dos EUA rejeitou um recurso judicial e permitiu que o procurador tivesse acesso à declaração fiscal de Trump, como parte de uma investigação que envolve pagamentos a duas mulheres – a atriz pornográfica Stormy Daniels e a modelo Karen McDougal – para comprar o seu silêncio sobre alegados casos sexuais, o que o ex-Presidente nega.

Cyrus Vance pedira não apenas as versões finais das declarações de Trump, mas também versões preliminares dos documentos, que contenham “todas e quaisquer declarações de condição financeira, declarações anuais, relatórios financeiros periódicos e relatórios de auditores independentes”.

Entre os documentos solicitados pelo procurador encontram-se as declarações fiscais de Trump de um período de oito anos, de 2011 a 2018, bem como as da Trump Organization, o grupo económico que administra as suas diversas atividades.

O Supremo Tribunal decidiu, contudo, que as declarações fiscais de Trump não devem ser tornadas públicas, fazendo apenas parte da investigação criminal do procurador de Nova Iorque que as solicitou.

De acordo com os ‘media’ norte-americanos, o gabinete de Vance entrevistou recentemente funcionários do Deutsche Bank, o banco que lidou financeiramente com Trump nos últimos anos, bem como a firma seguradora Aon.

Os investigadores também interrogaram novamente o ex-advogado de Trump Michael Cohen, que disse ao Congresso que o seu antigo cliente e as suas empresas tinham alterado artificialmente o valor dos seus ativos.

O procurador suspeita que as supostas manobras contabilísticas possam ter sido destinadas à obtenção de empréstimos bancários ou à redução dos seus impostos.

Donald Trump sempre se recusou a divulgar as suas declarações fiscais, rompendo com uma tradição que remonta a Richard Nixon, há 50 anos.