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Apr 20, 2021 - 2 minute read

“De abril a outubro o Governo Regional não tem qualquer plano”, Paulo Cafôfo

No arranque dos trabalhos na sessão plenária desta terça-feira, coube a Paulo Cafôfo uma declaração política. Num ponto de situação, o deputado do PS constata que “estamos num momento de viragem” e que, “felizmente, o número de vacinas tem permitido inocular pessoas, nesse objetivo de atingir a imunidade de grupo”.

Cafôfo deixou uma “nota de apreço para os profissionais de saúde” bem como um apelo “à população para que possa vacinar-se”.

No seu entender, “depois de mais de um ano de pandemia conseguimos todos deslumbrar um pouco da realidade pós-covid”, mesmo sabendo-se que “ainda há muito para fazer, mas temos a consciência que este é um momento de viragem” mantendo-se, no entanto, “as precauções”.

Para o deputado socialista, tem faltado ao Governo regional “honestidade e transparência no que toca aos números”. Conforme suas palavras, o Executivo madeirense “tem lidado mal com os números, com erros no reporte que têm com reflexos para a Madeira”. Neste particular, destacou que “teremos oportunidade de ouvir o secretário regional esta semana na comissão”.

Paulo Cafôfo exaltou que “o PS muito preocupado com a retoma das atividades económicas, porque não se assiste ao um plano e a uma estratégia que dê alento às pessoas”.

O “único plano foi o de adiar a Festa da Flor para outubro, ou seja, de abril a outubro temos nada. As pessoas não sabem com o que podem contar”. Para Cafôfo, assiste-se a uma “toral irresponsabilidade” a partir da Quinta Vigia e “não chegam os anúncios vestidos com a habitual arrogância. Falta um plano assertivo e coerente com a realidade”.

Assim sendo, “é essencial saber que plano o Governo tem, se é que o tem, mas não pode ser mais uma oportunidade perdida” bem como que “erros do passado não podem ser repetidos”.

O Plano de Recuperação e Resiliência “é uma oportunidade de virar a pagina para que estes investimentos cheguem a todos e corrijam as injustiças”, considerando que “infelizmente, na Região nivelamos por baixo”.

Paulo Cafôfo voltou a advogar que do Plano de Recuperação e Resiliência, “20% seja para apoio às empresas, para responder de forma imediata à tesouraria e capacitar para uma maior diversificação da base, com aumento da produção regional”.

Na aplicação do O Plano de Recuperação e Resiliência, “as autarquias não podem ser esquecidas autarquias” e, pelo contrário, “devem ser uma aposta para projetos de desenvolvimento rural”.

E ficou, novamente, a intenção de que seja criada uma comissão para acompanhamento da aplicação dos valores reservados à Região no Plano de Recuperação e Resiliência.