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Mar 18, 2021 - 2 minute read

Crescimento mundial revisto em alta por agência da ONU

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) prevê um crescimento económico mundial de 4,7%, sobretudo devido à retoma dos Estados Unidos, um número acima dos 4,1% esperados em setembro, foi hoje divulgado. De acordo com a agência da ONU sediada em Genebra, “a economia mundial deverá crescer 4,7% este ano, mais rápido do que o esperado em setembro (4,3%) graças, em parte, a uma recuperação mais forte nos Estados Unidos”.

Segundo a UNCTAD, a recuperação norte-americana deve-se ao “progresso na distribuição de vacinas e a um estímulo fiscal novo de 1,9 biliões de dólares [1,58 biliões de euros]” que deverão “acelerar os gastos dos consumidores”.

No entanto, a economia mundial ainda deverá ficar a 10 biliões de dólares (8,3 biliões de euros) do nível em que estava antes da pandemia de covid-19, segundo a UNCTAD.

Assim, para os Estados Unidos, a agência da ONU aponta para um crescimento de 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, esperando ainda uma subida de 2,1% da economia japonesa e de 8,1% da chinesa.

Quanto à Europa, a zona euro deverá crescer 4,0%, França 5,3%, a Alemanha 3,3% e Itália 4,1%, ao passo que o Reino Unido deverá ver o seu PIB crescer 4,4%.

De acordo com o relatório hoje conhecido, as perspetivas mais otimistas face a setembro baseiam-se na “melhoria da vacinação e contenção da doença [covid-19] nas economias avançadas e de rendimentos médios”, numa “transição rápida de políticas de alívio para políticas de recuperação nas maiores economias do mundo” e ainda “nenhum ‘crash’ financeiro significativo”.

No entanto, a agência sublinha que apesar das medidas de apoio terem sido mais pragmáticas nesta crise do que em anteriores, “já se vislumbra resistência a política orçamental expansionista em alguns países, baseada numa conversa sobre o possível reforço da inflação e preocupações acerca das dívidas soberanas”.

“Um regresso errado à austeridade depois de uma recessão profunda e destruidora é o principal risco para a nossa perspetiva mundial, especialmente no contexto de mercados de trabalho fraturados e mercados financeiros desregulados”, pode ler-se no documento.