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Mar 19, 2021 - 2 minute read

Covid-19: Espanha afasta “relação causal” entre morte de mulher e vacina AstraZeneca

As autoridades sanitárias espanholas afastaram hoje a existência de uma “relação causal” entre a vacina contra a doença covid-19 da AstraZeneca/Oxford e a morte de uma mulher inoculada com o fármaco que desenvolveu coágulos sanguíneos. “Não há relação de causa/efeito entre a administração da vacina AstraZeneca e a morte desta mulher”, disse Jesus Aguirre, responsável pela direção de saúde da região da Andaluzia (sul de Espanha), numa conferência de imprensa.

Este anúncio surge um dia depois da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ter assegurado que a vacina AstraZeneca/Oxford é “segura e eficaz” e de vários países europeus, incluindo Espanha e Portugal, terem anunciado que a administração do fármaco, que tinha sido suspensa como medida de precaução, ia ser retomada.

A administração da vacina da AstraZeneca “não está associada a um aumento do risco de eventos tromboembólicos responsáveis pelos coágulos sanguíneos” nalguns dos vacinados com este fármaco, garantiu, na quinta-feira, a diretora executiva da EMA, Emer Cooke.

No caso espanhol, a administração da vacina desenvolvida pelo laboratório anglo-sueco em parceria com a universidade britânica de Oxford, que tinha sido suspensa no dia 15 de março, será retomada na quarta-feira.

Ainda sobre o caso concreto da mulher inoculada que morreu, as autoridades sanitárias andaluzes contactadas pela agência France-Presse (AFP) precisaram que “não há qualquer relação causal” entre o óbito e a toma da vacina, uma conclusão fundamentada, segundo as mesmas fontes, no relatório preliminar da autópsia.

Três inquéritos foram abertos em Espanha após pessoas inoculadas com a vacina AstraZeneca terem desenvolvido coágulos sanguíneos.

Entre estes casos constava uma professora de 43 anos que morreu de uma hemorragia cerebral e que não tinha qualquer patologia diagnosticada, de acordo com a imprensa espanhola.

“O que sabemos é que, nestes três casos, existe uma ligação temporal (com a vacina), mas não foi estabelecida uma relação causal”, explicou, na quarta-feira, a ministra da Saúde espanhola, Carolina Darias.

Até à suspensão, quase um milhão de pessoas (975.661) tinham recebido a vacina AstraZeneca/Oxford em Espanha.