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Mar 14, 2021 - 3 minute read

Covid-19: Centros de dia podem reabrir a partir de 05 de abril em território continental

Os centros de dia podem reabrir a partir de 05 de abril, em Portugal Continental, de acordo com o ‘plano de desconfinamento’ do Governo, hoje publicado em Diário da República. Os centros de dia surgem no calendário de ‘desconfinamento’, integrado na Resolução do Conselho de Ministros n.º19/2021 que “estabelece uma estratégia de levantamento de medidas de confinamento no âmbito do combate à pandemia da doença covid-19”, no dia 05 de abril, o mesmo dia em que serão retomadas as aulas dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e em que podem reabrir, por exemplo, os equipamentos sociais na área da deficiência, museus, galerias de arte e lojas com até 200 m2 com porta para a rua.

Na sexta-feira, a Associação Nacional de Gerontologia Social (ANGES) tinha criticado o ‘plano de desconfinamento’ por esquecer a reabertura dos centros de dia, alertando para o impacto desta situação nos idosos.

O plano de desconfinamento foi anunciado pelo primeiro-ministro, António Costa, na quinta-feira. Na segunda-feira reabrem as creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo do ensino básico e as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades, passando ainda a ser permitido o comércio ao postigo e a abertura de estabelecimentos como cabeleireiros e livrarias.

O plano prevê novas fases de reabertura a 05 e 19 de abril e a 03 de maio, mas António Costa advertiu que as medidas da reabertura serão revistas sempre que Portugal ultrapassar os “120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias” ou sempre que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2, que origina a covid-19, ultrapasse 1.

Além disso, o Governo, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros hoje publicada em Diário da República, refere que deve ter sida em consideração “a existência de capacidade de resposta assistencial do Serviço Nacional de Saúde, designadamente em termos de: Acompanhamento, internamento e resposta de cuidados intensivos; Capacidades adequadas de testagem e rastreio”.

Apesar disso, o documento não atribui valores a estes fatores.

No estudo “Linhas vermelhas - Epidemia de infeção por SARS-CoV-2/covid-19”, hoje divulgado e que apoiou o Governo no plano de desconfinamento, peritos defendem que as Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) que existiam no início da pandemia, em março 2020, devem estar libertadas de atividade associada à covid-19.

As que abriram depois dessa data, e que podem permanecer abertas sem perturbar a atividade não covid-19, não devem ter uma taxa de ocupação com doentes covid-19 superior a 85% para “poder garantir uma resposta a esta doença”, o que significa que o total de internamentos em UCI no continente deve permanecer abaixo dos 245.

O estudo recomenda que, se a tendência for crescente, nomeadamente o Rt apresentar valores superiores a 1 de forma consistente, a abordagem deve centrar-se em avaliar e recomendar a implementação de medidas de saúde pública adicionais para trazer a incidência novamente para uma fase decrescente (Rt