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Apr 24, 2021 - 2 minute read

Covid-19: Índia bate novo recorde diário de mortes

 A Índia bateu hoje um novo recorde diário de mortes atribuídas à covid-19, enquanto o Governo se esforça para tentar fornecer oxigénio aos hospitais, sobrecarregados por centenas de milhares de novos casos. As filas de doentes com a covid-19 e os seus familiares preocupados estendem-se em frente aos hospitais das principais cidades do país, onde quase um milhão de novos casos foram identificados nos últimos três dias.

Nas últimas 24 horas foram registadas 2.624 mortes associadas à doença, um novo recorde que eleva o total de óbitos registados oficialmente desde o início da pandemia para cerca de 190 mil, neste país de 1,3 mil milhões de habitantes.

Mais de 340 mil novos casos também foram identificados nas últimas 24 horas, elevando o total de portadores do coronavírus para 16,5 milhões no país, colocando-o em segundo lugar atrás dos Estados Unidos, o país mais afetado do planeta.

No entanto, especialistas acreditam que os números podem ser maiores e atribuem a nova vaga a uma “dupla mutação” do vírus e a eventos de massas, como o feriado religioso hindu ‘Khumb Mela’, que reuniu milhões de peregrinos.

Sob o fogo de críticas pela sua falta de preparação perante esta nova onda de contaminações, o Governo estatal criou comboios especiais para transportar reservas de oxigénio para as cidades mais afetadas, enquanto pediu aos industriais para acelerarem a produção de oxigénio e medicamentos que estão em falta.

Um comboio com 30.000 litros chegou na madrugada de hoje a Lucknow, no estado de Uttar Pradesh (Norte), e guardas armados escoltaram os camiões enquanto distribuíram a carga aos hospitais da região.

Lucknow é uma das cidades mais atingidas e os hospitais e crematórios estão sobrecarregados.

A Força Aérea indiana também tem sido usada para transportar oxigénio e distribuir outros produtos em todo o país.

Hospitais em Nova Deli lançam apelos diários de ajuda devido à rutura dos ‘stocks’ de oxigénio e muitos pacientes morrem em frente aos hospitais da capital por falta de camas e de ar.

Uma instituição de caridade até montou um crematório num parque de estacionamento, com piras funerárias improvisadas, para lidar com o elevado número de mortes.