Promovido pelo Fórum Português (FP) na África do Sul, realizou-se na tarde de ontem, nas instalações da Casa da Madeira de Joanesburgo, um colóquio que teve como tónica uma Comunidade “mais unida e menos vulnerável“. Esta é uma das grandes preocupações devido à evolução da presente situação sociopolítica neste país de acolhimento que é a segunda Pátria de muitos Portugueses, a sua maioria oriundos da Ilha da Madeira. Painel de especialistas O evento contou com um painel de especialistas, com abordagens a assuntos de saúde e simplificação de burocracias, seguros de saúde e otimização das contribuições e aconselhamento baseado em experiências vividas que se revelou de grande interesse devido às perguntas seguidamente colocadas. Olímpia Soalheiro, convidada do Fórum Português a integrar o painel, debruçou-se na comparação de leis entre África do Sul e Portugal, alongando-se numa exaustiva explicação sobre testamentos e percentagens a auferir por herdeiros e esposos sobreviventes. Pelo estrategista António Ferreira foram feitas revelações de atividades inconvenientes e ilegais, que põem em perigo a segurança e a vida de cidadãos portugueses, especialmente proprietários, devido à atividade criminosa de uma “mafia” perigosa oferecendo os seus “serviços de segurança” extorquindo com ameaças quantitativos em dinheiro para essa “proteção” e de que foram alvo alguns elementos da Comunidade. Felizmente devido à intervenção do FP foi detido o “cabeça do gangue” e que em breve será presente a julgamento. O cabecilha é um notório proprietário de táxis na área de Mamelodi, Pretória. Na formalização de vários comités e unidades, nomeadamente, o Comité Principal, Unidade de Negócios, Unidades de família, Unidade das Mulheres do Fórum, Juventude do Fórum, Segurança Social, Eventos e Programação, Manuel Ferreirinha lançou um apelo dizendo “Precisamos de Ti“. Uma explicação sobre as 400 toneladas de alimentos entregues ao Governo Provincial de Gauteng, pelo FP foi dada pelo próprio. O mesmo debruçou-se sobre o direito a votar para as eleições do CCP, não deixando de tecer várias críticas e de mencionar os direitos de voto da Comunidade aqui residente. Casa da Madeira ‘livra-se’ de dívidas Sobre a Casa da Madeira em Joanesburgo, organização que se encontra com uma difícil situação financeira, Manuel Ferreirinha deixou uma boa nova. O problema está a ser solucionado com as autoridades municipais e anunciou que a tarde de ontem foi “a última vez que um gerador de corrente elétrica funcionava na Casa da Madeira”, sinal de que as dívidas estariam a ser solucionados. Em declarações ao JM após a reunião, o presidente confirmou que o Fórum Português negociou o pagamento da dívida de um milhão e trezentos mil randes, cujos pagamentos estão assegurados e em breve se iniciarão. Anunciou ainda que, em breve, a casa passará a ser gerida por um comité sob a tutela do FP e cuja cessação da presente direção vai agora ser estudado para cumprimento de todas as formalidades legais. Manny, como é carinhosamente conhecido, garantiu estar excluída, qualquer hipótese de a propriedade da Casa da Madeira ser sequestrada por ação penal.