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Apr 3, 2021 - 3 minute read

Coligação no Funchal pode ter outros partidos além do CDS

Em entrevista ao DN-Lisboa Miguel Albuquerque confirma Pedro Calado no Funchal, admite juntar mais partidos à coligação e considera que “não é muito difícil” reconquistar a Câmara. “Será com o CDS, mas poderemos abrir a outros partidos, ainda não sabemos.” Esta foi a resposta que deu Miguel Albuquerque ao jornalista do DN-Lisboa que o entrevistou na Quinta Vigia.

Perante a pergunta sobre se a candidatura ao Funchal será em coligação, Albuquerque responde logo que sim, que “será em coligação com o CDS”. Depois lembra que “ainda não está aprovada na comissão política, que só irá acontecer depois da Páscoa”. E acrescenta a nuance de que, além do CDS, a coligação poderá ainda contar com “outros partidos”.

Na mesma entrevista, o presidente dos social-democratas também confirma que o candidato será Pedro Calado, conforme o JM já deu conta há várias semanas, e mostra-se confiante na vitória.

Reconquistar a Câmara do Funchal, diz Albuquerque, “não é muito difícil”. Recorda que a Câmara viveu nos últimos anos “dos epifenómenos de propaganda” com Paulo Cafôfo a beneficiar do desgaste dos vários anos de poder do PSD-Madeira.

“Apareceu uma pessoa não muito conhecida que sorria e que era simpático. Foi eleito. Passaram oito anos e é preciso uma lupa para ver obra feita no Funchal. E a propaganda do sorriso dura o que tem de durar, mas depois acaba. E neste momento o Funchal precisa de ter uma boa equipa, que retome o desenvolvimento da cidade”, afirma Albuquerque.

Na mesma entrevista, o também chefe do Governo Regional é desafiado a dizer se o seu futuro político passa por outro local que não a Madeira. A resposta é clara: “Não sei, vou fazer 60 anos no próximo mês e ainda estou em boa forma [risos]. Mas não sei. Depende da conjuntura e se me candidato à Madeira. Se não, gostava de fazer um papel de política nacional ou na Europa. Ainda estou a meio do mandato, vamos ver, até agora tem corrido bem.”

Antes, o presidente do Governo ainda recorda o bom desempenho de Passos Coelho, que diz ser um nome que assusta a Esquerda e evita classificar a liderança de Rui Rio.

Albuquerque volta ainda a falar de uma eventual aproximação ao Chega. “Fui dos primeiros a dizer que o PSD tem que fazer uma política ao centro, mas deve entender-se com as forças à direita sem complexos. Como uma concertação de uma alternativa. Aliás, como o PS fez com a esquerda e a extrema-esquerda”, recorda.  E acrescenta que o PSD, para fazer uma aliança instrumental pós-eleitoral, tal como nos Açores, não tem de comungar de certos princípios que o chega defende”.

Ao longo da entrevista, que tem destaque de fotografia de capa no DN-Lisboa de hoje, Miguel Albuquerque comenta ainda a estratégia da Região perante a pandemia, o Centro Internacional de Negócios da Madeira e a relação institucional que tem com o primeiro-ministro.