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Apr 20, 2021 - 2 minute read

CMF celebra 25 de Abril com programa online

A Câmara Municipal do Funchal vai assinalar o 47.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974 com a transmissão em direto, através das redes sociais da CMF, de uma série de eventos alusivos à efeméride. Assim, no dia 24 de abril à noite, irá decorrer o concerto comemorativo da Revolução dos Cravos em direto a partir dos Paços do Concelho do Funchal, via facebook e para toda a parte, com Alexandra Barbosa, acompanhada por Duarte Pereira, que tocará cajón, e Beto Madeira, que tocará guitarra.

O espetáculo irá reunir um repertório de músicas de intervenção e de músicas originais da vocalista.

O momento musical será sucedido, também com transmissão nas redes sociais, por duas intervenções artísticas, uma em direto do átrio da CMF e outra a partir do Teatro Municipal Baltazar Dias.

A acompanhar o momento musical, a autarquia informa que preparou ainda uma intervenção artística com três atrizes, nomeadamente Sara Cíntia, Laura Aguilar e Isabel Martins, que irão declamar poemas de várias escritoras portuguesas conhecidas pela sua luta pela liberdade, tendo como tema a Revolução do 25 de Abril.

O evento terá como mote ‘Mulheres de abril, a cantar abril, em abril’, numa alusão ao projeto ‘Mulheres de Abril’, iniciado em 2018, que compila relatos, na primeira pessoa, de mulheres antifascistas, a respeito da sua história de resistência e de luta contra a ditadura.

Por fim, às 00h do dia 25 de Abril, a Autarquia começará a transmitir a outra intervenção artística preparada para assinalar a data, desta feita com a Associação Grupo de Amigos do Teatro, em coprodução com o Teatro Municipal Baltazar Dias. A peça, que também chegará a casa dos funchalenses através do Facebook oficial da CMF, chama-se “D’A Noite à madrugada”, e decorre de uma adaptação e dramaturgia de Sandro Nóbrega, a partir do texto “A Noite”, de José Saramago.

“A Noite”, publicada em 1979, foi a primeira obra dramática de Saramago, e retrata justamente os episódios dessa noite que ficou para a História: de 24 para 25 de Abril de 1974, sendo que a ação passa-se na redação de um jornal em Lisboa.

Num movimento intertextual com o texto dramático de Saramago, acompanhado de poemas e músicas de intervenção, será prestada uma homenagem ao autor e a muitos poetas e músicos que foram uma parte integrante da Revolução que erigiu o Portugal moderno, que aquela geração começou a construir.