A deputada social democrata mostra-se disponível para tentar demonstrar que a intransigência denotada pelo atual presidente poderá não ter sido a melhor opção. Com a decisão de não extensão da coligação ao concelho de Santana, entrou-se na fase seguinte, de escolhas individuais de lista. À 88.8JM/FM, o atual presidente disse aguardar pela confirmação oficial do CDS. Mas, deixa implícito que parte na frente da corrida: “há um trabalho que foi feito ao longo destes quase dois mandatos pelo CDS por esta Câmara, um trabalho com resultados à vista e que há mais trabalhos a fazer, de consolidação às políticas implementadas”, destacou.
Já Cláudia Perestrelo, disse estar pronta para “servir o partido” naquilo que for a decisão do PSD. Pese não confirmar se irá ou não ser candidata por Santana, a deputada social-democrata afirma estar disponível “para aqueles que são os desafios e as metas do PSD para as autárquicas” e que são “um desafio importantíssimo para o partido e para o futuro da nossa Região”.
Em aberto está ainda a candidatura do PS. Na lógica do que vai se passando em muitos outros municípios, com vários deputados a ‘estagiarem’ na ALRAM antes do ‘ataque’ às autárquicas, de que são exemplo Miguel Brito, Sofia Canha e Olga Fernandes, Tânia Freitas poderá ser o trunfo socialista para Santana. esta um dúvida que deverá ser dissipada em breve.
Concelhia do CDS subscreve Pedro Calado
A outro nível, no Funchal, a Concelhia do CDS do Funchal “reuniu-se com autarcas, vereadores, deputados municipais, onde foi demonstrado e reiterado por todos o voto de confiança à coligação PSD/CDS, encabeçada pelo dr. Pedro Calado”, lê-se num comunicado distribuído ontem pelo partido.
Ainda antes de o PSD fazer qualquer anúncio, o CDS declara, então, que dá o seu apoio a esta candidatura, considerando que Pedro Calado é “um homem com provas dadas, que tem sabido comandar os destinos em termos financeiros da Região, bem como do ponto de vista da crise económica e social, sendo esta a melhor opção para liderar o projeto autárquico do PSD e do CDS para a cidade”.
“Todos os autarcas do CDS e todos os membros da omissão política reiteraram que o dr. Pedro Calado é a pessoa certa para comandar os destinos da nossa cidade”, enfatizam no mesmo documento.
Os centristas funchalenses argumentam que “ao longo destes últimos anos, tem sido manifestamente visível a necessidade de um posicionamento diferente na cidade do Funchal”.
No seu entender, “a cidade do Funchal está parada” e precisa de uma “nova dinâmica” e de “um novo rumo”, sendo necessários “novos protagonistas políticos, pois o PS já lidera o executivo municipal há duas legislaturas”.
O PSD perdeu a maioria que sempre detivera no Funchal em 2013 e a autarquia é atualmente presidida pelo independente Miguel Silva Gouveia, que substituiu Cafôfo meio do atual mandato, preparando-se para ir a votos pela primeira vez.