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Apr 15, 2021 - 2 minute read

Cláudia Monteiro de Aguiar defende apoio robusto de Bruxelas à Transição Energética

Na audição que teve lugar na Comissão de Transportes e Turismo, no Parlamento Europeu – na qual participaram responsáveis de empresas europeias de vanguarda no desenvolvimento de tecnologias associadas a combustíveis alternativos – ficou claro que a Europa está confrontada com prazos muito apertados para a produção e utilização massificada das chamadas “energias limpas”. Cláudia Monteiro de Aguiar marcou presença na audição que teve lugar na Comissão de Transportes e Turismo, no Parlamento Europeu, na qual considerou ter ficado claro que “Europa está confrontada com prazos muito apertados para a produção e utilização massificada das chamadas ‘energias limpas’”.

Para a eurodeputada do PSD, esta audição “foi muito importante, até para perceber que, no futuro, a eficácia dos combustíveis irá variar em função do tipo de transporte que utilizarmos. No marítimo, por exemplo, a energia utilizada vai depender do tamanho dos navios, da rota, do tipo de mercadoria ou passageiros que transporta, o que coloca muitos desafios ao nível das infraestruturas de abastecimento”, disse.

“A indústria está a fazer grandes esforços, quer ao nível dos combustíveis de transição como o gás natural liquefeito, quer ao nível do aumento de escala relativamente a combustíveis de emissão zero, como o hidrogénio ou amónia, mas é importante que os Estados invistam em tecnologia de abastecimento, focados em várias fontes de energia”, acrescentou.

Segundo Cláudia Monteiro de Aguiar, as Regiões Ultraperiféricas, pelas especificidades que apresentam, “têm um enorme desafio pela frente, porque a elas afluem todo o tipo de transporte marítimo e aéreo e as infraestruturas terão de ser criadas, devendo para isso garantir-se apoio financeiro robusto”.

Para tal, a eurodeputada considera que “mesmo ao nível do transporte terrestre e especialmente em Portugal, é importante que exista uma descentralização dos postos de carregamento para territórios de baixa densidade, extravasando, desta forma, a lógica das grandes cidades, sendo que neste sentido a UE tem uma importante palavra a dizer em termos de regulamentação dos custos de exploração destes espaços e no roaming de carregamento dentro da própria União”.

“Se queremos chegar a 2050 com zero emissões, a transição deve começar já a ser processada e a Europa deve criar as condições financeiras e legislativas para que tal aconteça, nomeadamente através da revisão da Diretiva Infraestrutura para Combustíveis Alternativos”, concluiu a eurodeputada do PSD.

Refira-se que, nesta audição, estiveram presentes Julia Poliscanova, da empresa Vehicles and Emobility, T&E; Stefano Messina, Presidente da Assarmatori; Thorsten Lange, Vice-Presidente da Renewable Aviation Neste e Carlos Jesus, CEO da portuguesa Zeev.